Era hora de sair para vida, para essa nova vida que renascia constantemente em si e no outro.    Nesse período em que se refazia, em verso procurava seu lugar.

Hora de acordar sonhos, promover plantações, irrigar as flores, resgatar esperanças, reinvestir no amor e redirecionar-se novamente.

Hora de olhar da varanda em que se encontra e ver as migalhas que fazem parte do seu viver se ressignificarem.

Hora de principalmente enxergar, sem nada a lhe ofuscar, simplesmente ver... só olhar... e assim ficar a contemplar.

Pulsa volúpia do tempo a se resgatar... segue o seu caminhar, preso entre os espaços já não se encontra mais... É hora de se levantar. Direcionar tudo que está envolto em si e conseguir internamente se amar como nunca conseguiu antes...

Quando segurou a vida bem forte perto de si, sentiu-se finalmente vivo, alerta e aberto a tudo que batia a sua porta. Então, pode seguir...  Afinal, a porta fica aberta enquanto permanecemos ali, olhando para fora, amadurecendo nosso andar, até estarmos prontos para realmente sair...