Dignidade versus resignação
Atualmente o que não faltam são temáticas para a humanidade refletir, dentre as quais, as crises. Como se não bastassem os transtornos que causam para a humanidade, as crises são extremamente propagadas em meios de comunicação social. Da forma e intensidade com que são divulgadas alguém parece estar a tirar proveito da situação. Com certeza, servem como um meio de resignação da população a um panorama de manipulação social. Ante a situação é preciso defender em primeiro lugar a vida das pessoas.
Quando alguém é marginalizado do círculo das relações sociais consideradas dignas tem como consequência a perda de identidade pessoal e social. Sabe-se que seu caminho será o anonimato, provavelmente o das favelas. Numa sociedade de classe social a tendência é de crescimento da discórdia. É incontroverso que alguém ao se encontrar nesta situação social é atacado em sua própria dignidade. O sofrimento é inevitável ao serem as pessoas submetidas a uma condição sem possibilidades de escolhas.
A crescente concentração de capital em poucas mãos tende a aumentar o sofrimento de quem está no anonimato e na marginalidade. Por conseguinte, a crise econômica provocada pela política de livre mercado tem fomentado na última década o distanciamento de milhões de pessoas de condições de vida dignas. Pior, o crescente pauperismo desta gama da humanidade não tem atacado e nem perturbado a consciência de quem o provoca, os quais continuam privilegiados em suas posições sociais. Por sua vez, enquanto a luta social por maior distribuição de renda não despontar no caminho dos excluídos e marginalizados, o cenário mundial é de uma humanidade resignada que não combate e nem contesta com resistência.
Diante do quadro social de poucos privilegiados e muitos desfavorecidos é preciso afirmar insurreição de ativos movimentos sociais por dignidade humana. As consequências ao não contrapor a perda de dignidade, a crise do sistema econômico mundial, incluem levar ao extermínio milhões de seres humanos. Certo é que o futuro da humanidade torna-se nada esperançoso ao silenciar e submeter à resignação social milhões de pessoas. O sistema capitalista, em nome da economia, coloca na retaguarda o valor das pessoas. Ao renegá-las ao segundo e até terceiro plano em escala de valores, o sistema financeiro capitalista cria caos e sofrimento aos que vivem na condição de anonimato e abandono social. Como se não bastasse a situação de indiferença humana, a poderosa mídia tem cumprido o papel de manipular consciências ao defender as políticas econômicas excludentes. O cruel sofrimento dos excluídos leva a crer que a alternativa mundial no momento é defender o mais precioso patrimônio, a humanidade em sua dignidade.
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