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Descortinando a vida

Neusa Picolli Fante

Por longo tempo andava pelos caminhos e construía, pouco a pouco, este entendimento: se aquela pessoa voltar é porque, de alguma maneira, a marquei. Se não voltar, é porque ela nunca se deixou tocar. Repetia para mim mesma essa lição, tentando achar o lugar das pessoas que seguiam ao meu lado e dentro de mim. Depois que compreendi esse significado, consegui deixar livre as pessoas ao meu redor. Sim, ir ou ficar, dependeria, a partir de então, de cada uma. Não queria amarrar ninguém a mim. Elas passariam e permaneciam conforme seu desejo. Iriam e voltariam, e isso não era mais difícil para mim. Essa relação agora fluía naturalmente.

Antes de internalizar este aprendizado, sofri muito, queria reter pessoas que julgava importantes. Percebi, no decorrer do caminho, que amarrá-las junto a mim não resolvia nada, só deixava o outro longe do lugar que queria ocupar, e eu com um peso enorme tentando segurá-las junto a mim.

Grandes esforços, belos aprendizados, simples interpretações que aprendo todos os dias...A partir desse entendimento deixo livre as pessoas para fazerem suas escolhas... Quando voltam é encontro, comunhão, integração. Quando não retornam é sua opção e não me remete a angústia sentida de outrora... tudo são escolhas que dão espaço para aprendizados novos e pessoas diferentes na nossa vida a passar...

Sobre o autor

Neusa Picolli Fante

Psicóloga Clínica e Especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto. Graduada em Comunicação Social.  Autora do livro Caminho dos Girassóis: Uma abordagem sobre o luto, Dor sem Escuta, Entrelinhas da Vida, Quintais da Minha alma.

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