Coloquei no pedestal – e agora?
Minhas maiores decepções foi quando coloquei algumas pessoas num pedestal... Elas representavam naquele momento “mais” na minha vida e mereciam um lugar especial. Só não sabia ou esqueci de perguntar, que colocá-las não significava que eu fosse ocupar um lugar especial por elas. Sim, não fazia com que elas também me colocassem...
Quando se coloca alguém num lugar diferenciado, valorizamos demais esta pessoa, enxergamos sob a lente dos nossos olhos e fragmentamos só coisas positivas, abstraímos o negativo, que pode aparecer instantaneamente. Nesse instante estamos propensos a tirá-las.
Nesse momento de este dar-se conta, é necessário olhá-las como humanas passiveis de erros, e mais que isso, erros que por vezes me atingem.
Será que preciso colocar alguém num lugar muito diferenciado, se estamos todos no mesmo andar?
É muito fácil colocar. Tirar é que são elas. Dói, fragiliza, impõe olhar verdadeiramente para a situação e para aquela pessoa. Nos coloca num lugar de sentir desvalor, pois não fomos colocados num lugar de destaque por alguém que valorizamos muito.
O sofrimento de tirar gera aprendizados, nomina dores, promove angústias, conduz a não mais colocar. Mas acima de tudo remete a ampliar o olhar. A não mais enxergar fragmentado, só o bom, ou só o ruim.
É enxergar as pessoas com erros e acertos, então elas não estão acima de nós, elas estão na mesma linha de equilíbrio. Por isso que devem andar do nosso lado, não abaixo e nem acima...
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