Belezas do caminho
Resolvi descobrir as belezas do caminho... Não o ponto de chegada, nem ficar presa à partida, mas absorver o que me inspira no trajeto. O que faz meu coração bater, o que me guia e o que me faz ir além do proposto constantemente.
E assim, em cada momento, em cada passo, me conectei com esse estranho andar... Estar próxima a meus passos, absorver os sentimentos que se fazem presentes, fez parte dessa caminhada, desse percurso de significativas mudanças, onde lancei para longe, muito que tinha entrado no automático.
Fui tirando, jogando fora, até me ver desnuda. Ali estava pronta para reiniciar, pra começar diferente, de uma nova maneira...
Essa parte do percurso foi difícil. Afinal, renunciar ao que ilusoriamente tinha vantagens não era tão simples assim, mas quando olhei direito, percebi que não tinha vantagens, só desgastes.
Decidi coisas importantes, desisti de muitas. Me arriscando num incansável parar de seguir como andava até aquele momento. Inclusive, me percebi, desconsiderando o que me diziam, revendo normas e regras... Essa mudança, ou quebra de trajetória como existia, vinha agora, sem sofrimento. Tudo que segurei, desejei foi jogado pelo ar – assim me vi!
Procurei o sagrado em mim. Corroído ele estava... Fui me ensaiando nessa longa estrada de transformação que crescia internamente em mim...
O novo se fundia comigo, com minha essência, deixando outros registros e outras formas de me direcionar.
Foi assim que acessei a vida simples. O belo que oculto até ali permanecia. E era assim que desejava seguir...
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