À margem
É terrível dar-se conta de que se viveu à parte, longe de si mesmo, longe do outro, longe da essência de sentir-se próximo, longe de estar fundamentalmente em proximidade, quando no íntimo se gostaria de estar rente, perto, em comunhão, em interação consigo e com o outro.
Sentir-se do lado de fora da sua vida, desconectado com sua história, à margem de si mesmo, acarreta duras reflexões...
Você se perdeu da sua essência – ou nunca soube seu lugar. E assim foi embora, para ainda mais longe de si. Então é hora de voltar, como nunca antes. Encontrar seu caminho para retornar ao seu verdadeiro encontro, conectando-se com as suas angústias, suas dúvidas, suas certezas e alegrias também. Aquelas que são essencialmente suas, não reproduções dos outros que você tenha adotado como suas.
O “eu sou” vai consigo aonde você for. É um outro eu, dentro de ti. Ou é o teu eu em ti, que pode te fortificar ou te confundir – depende como você direcionar.
Não absorveu a vida, não viveu inteiro, não comungou sentimentos e ideias com o outro. Ficou do lado de fora...
Acordou do sono profundo em que se encontrava, acordou para a vida, para a fagulha de vida que não enxergava em si, e só naquele momento percebeu-se como vida...e foi ali que deu a mão a si mesmo...
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