Exames apontam predomínio da variante P.1 no Rio Grande do Sul
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), aponta para o predomínio da variante P.1 no Rio Grande do Sul. De acordo com as informações passadas pela Secretaria de Saúde do Estado, foram analisadas 516 amostras de 112 municípios gaúchos, sendo que em 91% dos exames o resultado foi indicativo para essa linhagem.
Esse resultado foi possível através de um novo boletim genômico do coronavírus, publicado na quarta-feira, dia 26/05, e que mostrou esse tipo de mutação, detectada ainda em janeiro deste ano. As amostras foram coletadas no mês de abril.
O Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) e o Laboratório Central do Estado (Lacen) acompanham as variantes encontradas, visto que algumas linhagens do SARS-CoV-2, preocupam os cientistas, geralmente as que possuem mais aumento da transmissibilidade, aumento dos casos graves, redução significativa da neutralização por anticorpos gerados durante infecção prévia, eficácia reduzida de tratamentos ou vacinas, ou ainda falhas de detecção no diagnóstico.
Os exemplos mais conhecidos e de maior preocupação entre as VOCs já identificadas são: B.1.1.7 (Reino Unido), tem uma maior transmissibilidade e pode escapar dos anticorpos produzidos por algumas vacinas; B.1.351 (África do Sul), tem uma maior transmissibilidade e alguns estudos já demonstraram uma possível diminuição da eficácia de diferentes vacinas contra essa variante; P.1 (Brasil), que estudos demonstraram ter maior transmissibilidade e capacidade de evadir da resposta imune de indivíduos previamente infectados pelo SARS-CoV-2; e a B.1.617 (Índia), apresenta também uma maior transmissibilidade e até o momento há um relato dessa variante no Sudeste do Brasil.
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