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Pediatra soledadense alerta para os perigos da volta as aulas

Baixar Áudio por Marcus Vinicius Prates de Souza

Contato entre as crianças e troca de objetos será inevitável, com isso, proporcionando a disseminação do vírus

Médica pediatra Cleusa Scipione
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Cristal

O retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul tem sido tema de muitos debates e de muitas preocupações, especialmente por parte dos pais de alunos, que entendem que ainda existem muitos perigos de contágio, especialmente entre crianças.

Para a médica pediatra soledadense, Cleusa Scipione, neste momento seria muito precipitado promover a volta as aulas, seja na rede pública ou privada, pois, segundo ela, não há infraestrutura nas escolas que possa evitar possíveis contágios. “Entre as crianças não existe a cultura do distanciamento”, enfatizou.

Uma das maiores preocupações da profissional diz respeito a aglomeração inevitável entre os alunos e que, por consequência, acabaram proliferando o vírus para seus familiares e por consequência para outras pessoas, com isso potencializando o contágio entre os mesmos. “Não vejo este momento como o ideal para a volta as aulas”, pontuou.

Esse é um vírus novo e ainda não sabemos o suficiente sobre como ele afeta as crianças. Sabemos que é possível que pessoas de qualquer idade sejam infectadas pelo vírus, mas até agora houve relativamente poucos casos de Covid-19 entre crianças. O vírus é fatal em casos raros, até agora principalmente entre pessoas idosas com condições médicas preexistentes, portando se a criança tiver alguma comorbidade, a possibilidade de complicações é potencializada, podendo haver até mesmo a múltipla falência de órgãos, explicou a pediatra.

Cleusa ainda fez questionamentos para que houvesse a reflexão de todos sobre a situação proposta. “Qual o benefício da volta as aulas neste instante? Qual o ganho que o aluno terá voltando as aulas? Se de março até o presente momento as crianças foram alfabetizadas em casa, será que nestes próximos três meses será diferente? Vale a pena sujeitarmos nossos filhos a um risco maior de contaminação? “Estamos abrindo um grande espaço para que haja muitas contaminações quando ainda não há uma queda na curva das estatísticas”, ponderou.

Cabe salientar que o vírus pode ser transmitido pelo contato direto com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada mesmo que ainda não tenha desenvolvido os sintomas (febre, tosse, dor de garganta, espirro, redução do olfato, por exemplo) e toque de superfícies contaminadas. Segundo as últimas informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não se tem certeza do quanto a pessoa contaminada, mas que não apresenta sintomas, transmite o coronavírus. Por este motivo, a importância do uso da máscara sempre que sair de casa. O vírus da Covid-19 pode sobreviver em superfícies por várias horas, mas desinfetantes simples podem matá-lo.

Por fim, a médica disse não ter dúvidas de que o retorno a aula aumentará os contágios e afirmou que vale muito mais uma vida de que um ano de aula perdido.

Ouça a entrevista com a médica pediatra Cleusa Scipione, na íntegra, no player de áudio acima.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Cristal

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