Secretaria da Saúde de Soledade alerta que com falta de vacinação, risco de doenças aumenta
Preocupação cresce com doenças que haviam sido erradicadas e voltaram a aparecer como Sarampo e Poliomielite
Foto: Dionatan Lamonato/Tua Rádio Cristal
A Secretaria da Saúde de Soledade, através da Vigilância Epidemiológica trabalha com campanhas, mas principalmente reforça algumas situações devido a falta de vacinação, fazendo com que o risco de doenças aumente.
De acordo com a responsável pelo setor em questão, Marina Piovesan, a principal preocupação atualmente em Soledade é com o baixo número de crianças vacinadas contra a gripe e também os casos de sarampo existentes no Rio Grande do Sul, formando um alerta para todos os municípios.
Devido ao surto de sarampo que está acontecendo em vários estados brasileiros, principalmente no Amazonas e Roraima, a recomendação oficial do Ministério da Saúde é atualizar a carteira de vacinação para prevenir a doença.
Essa orientação serve não só para as crianças, como também adolescentes e adultos, evitando a circulação do vírus no país.
Em 2018, a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto em todo o país. Durante esse período, os postos de saúde da rede pública oferecerão as doses gratuitamente, sendo que no dia 18 ocorrerá o dia D da vacinação.
Para Marina, os sete casos de sarampo, confirmados no estado, já é um sinal de alerta para todos os municípios.
As Américas tinham recebido uma declaração do Comitê Internacional de Especialistas como livre da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, em 2015, e do sarampo, em 2016.
Porém, nos últimos anos, a cobertura vacinal vem diminuindo, voltando, assim, a apresentar novos casos nos últimos meses. Em 2017, a cobertura alcançou somente 83% do público-alvo (primeira dose) e 71% (segunda dose), sendo que a meta era de 95%.
Dos três vírus combatidos pela vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), o sarampo é considerado o mais perigoso. Segundo a recomendação oficial, por ser de alto contágio, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado consiga chegar a ela.
A primeira dose da vacina tríplice viral deve ser ministrada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice e uma dose da varicela. Caso haja atraso na vacinação, crianças até quatro anos de idade ainda poderão receber a vacina com o componente varicela. A partir de cinco até os 29 anos de idade, deverão ser administradas duas doses com a vacina tríplice viral. Pessoas de 30 a 49 anos de idade devem receber uma dose.
Entre 1º de janeiro e 23 de maio de 2018, foram registrados 995 casos de sarampo no país (sendo 611 no Amazonas e 384 em Roraima), incluindo duas mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A terceira morte foi confirmada recentemente: um bebê de sete meses faleceu em Manaus em 28 de junho depois de apresentar febre, manchas na pele, tosse e coriza. A Secretaria de Saúde local investiga se a morte de uma bebê de nove meses também foi por sarampo. Há casos confirmados em Rondônia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Por fim os números atualizados da vacinação contra gripe em Soledade foram apresentados pela enfermeira Marina Piovesan:
Geral 87%
Crianças 72%
Saúde 91%
Gestantes 69%
Puérperas 100%
Idosos 93%
Professores 98%
Ouça o que disse Marina Piovesan sobre a importância de manter atualizada a carteira de vacinação.
Comentários