Especialista alerta: Isolamento ainda é a melhor forma de proteção contra a Covid – 19
A pneumologista Dra. Janaína Pilau, médica técnica responsável pela UTI Covid, do Hospital Frei Clemente destaca para a população que manter as medidas de isolamento, uso de máscara e álcool gel, e a vacinação, são as melhores formas de reduzir os casos de coronavírus.
De acordo com a médica, Covid- 19 é um vírus que ataca todo o organismo. “Muitos pacientes tem relatado fraqueza e perda auditiva, além de perda de paladar e olfato, sendo que esses três últimos, são decorrência de uma ação do vírus no sistema nervoso”, ressalta Janaína. Que ainda frisa que a perda de função renal, vômito e diarreia também são sintomas frequentes. “Apesar de atacar todos os sistemas, a pré-disposição é sempre do pulmão, causando reações mais graves na parte respiratória”, pontua a Dra.
Conforme a pneumologista, o pulmão tem sido atacado pela doença em maior quantidade que outros órgãos. “Dificilmente você vai fazer uma tomografia entre o quinto e o décimo dia e não vai ter nada no pulmão. O fato de ele ter 20% tomado pela infecção, por exemplo, não significa que ele não vá piorar, mas também não significa que vá piorar”, relatou a Dra. Janaína Pilau.
A piora da doença se dá a partir do 5º, 6º dia segundo a Dra. “O pulmão realmente é o órgão mais afetado, mas não é no começo da doença e sim depois de alguns dias dos sintomas”, pontua Janaína. A pneumologista ainda explica a importância de se controlar a saturação. “Hoje não se tem como prever qual paciente vai ter uma piora no quadro. O mais importante é cuidar da saturação, que é o quanto de oxigênio está chegando no pulmão. O indicado é acima de 95”, conta ela.
A notícia positiva é que a Covid- 19 é uma doença que em até 80% dos casos, tem uma evolução benigna. A pneumologista explica que de cada 100 pessoas, 80 vão evoluir bem. Portanto Janaína alerta que a população não precisa entrar em pânico, mas que também não é momento de se expor. “A evolução ruim de internação é em torno de 20%. Nem todos vão pra UTI, essa quantia de pacientes é 5%. Se pegar um pequeno número de contaminados, a gente dá conta e é pouco. Se pegar um grande número, a gente não dá conta e a mortalidade vai ficar maior porque a gente não tem acesso ao tratamento”, finaliza Pilau.
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