Secretaria da Saúde realiza Seminário da Saúde do Trabalhador para tratar sobre a Silicose em Soledade
Debate se torna importante pois, se não tratada, doença pode levar à morte
Foto: Marcos Vinicius/Rádio Cristal
Visando debater a Silicose, a Secretaria Municipal da Saúde de Soledade em parceria com a 6ª Coordenadoria Regional da Saúde com sede em Passo Fundo realizaram em Soledade o Seminário em Saúde do Trabalhador.
O tema foi "Conhecendo e combatendo a Silicose", ministrado pelo médico pneumologista Jorge Alan Souza que falou sobre os principais problemas causados pela doença e também, sobre os cuidados para combatê-la.
Segundo ele, a silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação de sílica, com o pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, fazendo com que a doença acometa principalmente pedristas e mineiros.
Em relação aos sintomas, segundo o especialista, eles aparecem poucos meses ou muitos anos após a exposição inicial, dependendo do tipo da doença e da quantidade de exposição à sílica.
"A doença acontece pois, quando se inala o pó de sílica – que é extremamente tóxico -, as células depuradoras do pulmão acabam “engolindo-o” e quando elas liberam as enzimas, ocasionam a formação de um tecido cicatricial no pulmão", enfatizou
Jogo rápido
Causas
Qualquer tipo de exposição ao pó de sílica pode causar a silicose. Ela acomete, normalmente, pessoas em que o trabalho envolve exposição a esse tipo de material, como mineiros, trabalhadores de fábricas e os que lidam com alvenaria.
Tipos
A silicose pode apresentar três formas diferentes:
Silicose crônica ou nodular simples: é o tipo mais comum da doença. Ela ocorre após um longo tempo do início da exposição (10 a 20 anos) em níveis relativamente baixos de poeira.
Silicose acelerada ou subaguda: é caracterizado por apresentar alterações radiológicas mais precoces, de cinco a dez anos após o início da exposição.
Silicose aguda: É a forma mais rara da doença, que é associada a exposições constantes à sílica livre por períodos que variam de poucos meses até cinco anos.
Fatores de risco
Todas as pessoas que trabalham com exposição ao pó de sílica estão mais propensas a desenvolver a doença. Entre eles, ofícios em que a pessoa:
Esmaga, perfura ou corta rochas
Fabrica cerâmica
Fabrica vidros
Faz jateamento ou tunelamento
Faz trabalhos de alvenaria
Perfura poços
Produz concreto ou asfalto
Realiza demolições
Trabalhe em minas ou pedreiras
Entre outros.
sintomas
Sintomas de Silicose
Silicose é uma condição progressiva, ou seja, os sintomas vão se intensificando com o tempo.
Sintomas:
Diminuição da capacidade de respirar
Fraqueza
Tosse intensa
Dores no peito
Sudorese noturna
Perda de peso não intencional
Febre respiratória.
Diagnóstico
O médico, além de fazer perguntas para verificar o estado do paciente, pode solicitar os seguintes exames para dar o diagnóstico de silicose:
Raios x do tórax
Broncoscopia, que é um exame em que se passa um pequeno tubo flexível, com uma câmera acoplada, pela garganta do paciente. Esse procedimento permite ver o tecido pulmonar além de fazer uma pequena biópsia, se necessário
Testes gerais para verificar o funcionamento do pulmão.
Na consulta médica
Na consulta com o clínico geral o paciente deve informar que foi exposto à sílica e contar todos os sintomas que tem apresentado. Se o médico suspeitar da doença, encaminhará o caso para um pneumologista.
O que levar no médico? (Para auxiliá-lo a ter o diagnóstico mais rápido e certeiro)
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Uma lista com os trabalhos que envolviam exposição à sílica, quanto tempo duraram, qual a carga horária diária e quanto tempo se passou desde o início da exposição
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos, vitaminas ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, leve um acompanhante.
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes de sair do consultório. Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
*Informações levantadas junto ao Ministério da Saúde
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