É preciso diálogo e uma cultura do encontro para uma nação inclusiva, diz Papa Francisco
Pontífice encorajou paraguaios a lutar por uma sociedade mais fraterna
"Um povo que não mantém vivas as suas preocupações, um povo que vive na inércia de uma aceitação passiva é um povo morto". Dirigindo-se aos diversos segmentos da sociedade civil paraguaia reunidos no Estádio Léon Condou na tarde deste sábado, dia 11, o Papa encorajou os paraguaios a lutar por uma sociedade mais fraterna, baseada no diálogo e na inclusão. "Deus está sempre a favor de tudo o que ajuda a levantar e melhorar a vida de seus filhos", afirmou Francisco, num encontro marcado pela descontração, muita arte e efusivos aplausos.
Em seu discurso -em parte lido e parte espontâneo - repleto de citações à Evangelii Gaudium, e na forma de respostas às perguntas que lhe haviam sido dirigidas precedentemente, Francisco reconheceu a existência de "situações injustas", conclamando os diferentes setores sociais a atuarem juntos na busca do bem comum.
Diálogo e cultura do encontro
Ao responder a segunda pergunta, referente ao diálogo como meio para forjar um projeto de Nação inclusivo, o Papa advertiu que "o diálogo não é fácil" e exige de nós "a cultura do encontro; um encontro que sabe reconhecer que a diversidade não somente é boa, mas necessária", e deste modo, o ponto de partida nunca pode ser "o outro está equivocado". Não devemos temer ou ignorar os conflitos resultantes da cultura do encontro, "mas aceitar, suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo", "numa unidade que não cancela as diferenças, mas vive-as em comunhão por meio da solidariedade e da compreensão". A base do encontro, é que todos somos irmãos, filhos de um mesmo Pai celestial" e cada um, com sua cultura, língua, tradições, "tem muito para dar à comunidade". As verdadeiras culturas "são chamadas a encontrarem-se com outras e criar novas realidades".
"Amai a vossa Pátria, os vossos concidadãos e sobretudo amai os pobres. Deste modo sereis um testemunho perante o mundo de que é possível outro modelo de desenvolvimento", concluiu Francisco.
Fonte: Rádio Vaticano
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