Após grande repercussão do caso da compra da cuia e da bomba por parte do Poder Legislativo de Soledade, em nome de seu presidente, Sergio Rodrigues da Silva (MDB) e sua manifestação na Tua Rádio Cristal, a emissora disponibilizou um espaço para oferecer o contraponto do vereador Edson Ivo Stecker, o Abobrinha (PSDB), duramente criticado e acusado pelo presidente da casa.

 Em manifestação na Tua Rádio Cristal, Abobrinha falou, primeiramente, sobre o caso de maior repercussão atualmente na política soledadense. Abobrinha falou que os motivos das desavenças começaram ainda na reunião na sala de comissões que antecede a sessão ordinária.

As principais críticas de Abobrinha são quanto aos encaminhamentos por parte do Poder Executivo de projetos em cima da hora da reunião, sem passar por comissões e nenhuma averiguação dos vereadores.

“Até chegar na hora da votação, desde o ano passado, venho batendo na mesma tecla e todos são testemunhas que o Executivo está mandando projetos em cima da hora. Não tem como trabalhar assim”, destacou Abobrinha.

O vereador afirmou que muitos projetos chegam às 16h para serem votados às 18h30. “Como nós somos oposição, somos a minoria, cabe a nós ler, analisar, receber o parecer jurídico e após o parecer tem até 45 dias para serem apreciados, mas eles vão no mesmo dia, e são aprovados já que eles tem a maioria”, enfatizou.

Isso foi o precursor de muitos debates junto ao presidente da casa, segundo Abobrinha, quando voltou a reclamar da impossibilidade de averiguação, em duas horas, se, por exemplo, uma empresa deve ou não receber um projeto de incentivo. “Será que ela está gerando empregos? Ela precisa de incentivo? Não temos tempo de averiguar, só votar”, concluiu.

Ainda sobre a cuia e a bomba, Abobrinha destacou que é ótimo ostentar uma cuia e uma bomba dessa maneira, mas pra quem pode, com dinheiro público, não.

Já sobre as acusações que recebeu, sobre dívidas que Abobrinha teria deixado para Sérgio Rodrigues da Silva na administração da Câmara de Vereadores em 2007. Edson afirmou que ficou uma dívida sim, da compra da mobília para a Câmara.

“Naquela época, nós recém havíamos mudado de plenário e o vereador Quadros adquiriu o local, eu mobiliei e o vereador da outra gestão terminaria, no caso, Sergio”, afirmou Abobrinha.

Em resposta as acusações de Sérgio de que Abobrinha estaria respondendo por improbidade administrativa, o vereador afirmou que entregou sua documentação de quando era Secretário de Agricultura de Soledade, e que tudo já está em posse do Ministério Público.

“Recebi cheques de pagamento de fretes sim, quantas vezes, mas nada disso era ilegal, era um programa que a prefeitura tem e está tudo especificado na documentação que entreguei e até hoje, não me deu problema judicial”, confirmou Edson.