A posse dos eleitos no município de São José do Herval gerou muitos debates na comunidade regional. A Justiça determinou uma nova posse no município hervalense após tudo o que aconteceu no domingo, 1°/01.

O advogado José Ricardo Pinto explicou que a solenidade de posse não saiu como o esperado pois o vereador Adelar da Silva, o Dilva (PSDB) assumiu a cerimônia de posse, sendo que ele era o presidente do último ano na Legislatura passada e não o mais idoso, como consta no regimento interno.

O vereador Dila não aceitou o documento de declaração de bens afirmando que eles não estavam datados para 1° de janeiro, entretanto, na lei, há somente o fato de ter que ser entregue neste dia.

Na segunda-feira, 02/01, o juiz plantonista José Pedro Guimarães determinou o cancelamento da sessão de posse no município hervalense dentro de um prazo de 48h, ou seja, até a quarta-feira, 03/01. A posse do prefeito Laurinho deverá ser feita novamente.

Os vereadores eleitos Célio Luis da Cunha (PP) e Rosana Brizola (PDT) estiveram na Cristal para contar o que aconteceu no ato de posse de solenidade.

O vereador eleito Célio (PP) acredita que foi uma armação de um grupo de vereadores que queriam "colocar o povo contra os vereadores pedetistas e pepistas".

Já a vereadora Rosana Brizola (PDT) destacou que o grupo queria a maioria para eleger a chapa deles para a mesa diretora em 2017.

"O povo não é bobo. Na hora gritaram 'vergonha, vergonha, vergonha', eles sabem", declarou a vereadora Rosana.

Segundo Célio, a partir de agora o consenso que elegeu o prefeito Laurinho foi quebrado. "Eles tentaram a presidência e por isso, não vamos baixar a cabeça e vamos nos unir", declarou.

Para Brizola, a relação com o prefeito deverá ser afetada até por que, as Secretarias municipais foram distribuídas somente para políticos do PMDB, não havendo o consenso em si.

Foram empossados somente os vereadores do Tile (PMDB), Celso Vieira (PTB), Titão (PMDB) e o vereador que assumiu o ato de posse, Dila (PSDB).

Os vereadores do PDT, Rosana Brizola, Ademir, Dener e Rachide; e o vereador do PP, Célio, não foram empossados e não puderam participar da eleição da mesa diretora, sendo assim, elegendo a outra chapa do PMDB, defendida pelo prefeito eleito Laurinho.

Todos os atos feitos pelo prefeito eleito Laurinho nesta segunda e terça-feira poderão ser declarados nulos, pois a posse do prefeito também foi anulada.

Ouça o que disseram o advogado José Ricardo Pinto e os vereadores Rosane e Célio