Fruteira do Povo está se readequando a medidas sanitárias exigidas pelo Ministério Público em Soledade
Após atuação do Ministério Público, fruteira está se readequando as medidas impostas
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Ciristal
A Tua Rádio Cristal ouve nesta sexta-feira, 31/08, os representantes das empresas que foram alvo da Operação da Força Tarefa da Segurança Alimentar do Ministério Público em Soledade na quarta-feira, 29/08. O objetivo é conceder a estes empresários o direito de contarem a sua versão do fato.
O advogado e filho dos proprietários da Fruteira do Povo, Douglas Dall Cortivo, um dos estabelecimentos que foi alvo da atuação do MP, esteve na Tua Rádio Cristal, aceitando o convite para falar sobre a versão da empresa.
Douglas começou falando que o desejo, até da família, era que esse assunto ficasse no passado, e que agora seria o momento de levantar a cabeça e seguir em frente.
"Queria dizer que nós apoiamos as ações do Ministério Público e demais órgãos, a gente sabe que a lei é para todo mundo. Não vim aqui para nos afastar das responsabilidades a nós impostas e foram flagradas alguns pontos que concordamos, mas da maneira como foi divulgado, foi exagerado", enfatizou.
A crítica de Douglas foi em relação as imagens divulgadas, escolhidas pela gravidade nelas mostradas, que não representariam o que de fato se passava dentro do estabelecimento. Por exemplo, segundo ele, haviam produtos que todo mundo via que era impróprio para consumo, nitidamente, e estavam separados e guardados para serem descartados, e não para serem vendidos.
"Muitos produtos de origem animal foram encontrados e a gente sabe que é uma prática que ela não é legal, mas é uma prática que acontece há 200 anos. Os produtores fazem esses produtos e vendem por outros que eles não produzem, é o que acontece, é uma moeda de troca, mas a gente sabe que é ilegal", destacou.
Quanto a medicamentos lá encontrados, Douglas destacou que nenhum era para venda e sim, para consumo dos pais. "Eles deixavam embaixo do caixa, onde só eles tinham acesso e nunca venderam nenhum tipo de medicamento, eram remédios para dor de cabeça que ficaram lá guardados, não sei porque razão, mas de maneira alguma seriam comercializados", enfatizou.
Para Dall Cortivo, houve erro por parte do Ministério Público em divulgar o nome das empresas, replicado pela imprensa, de maneira que não concedeu aos comerciantes o direito a ampla defesa.
"Quando acontece um homicídio, não divulga o nome do bandido, pois ele tem o direito de se defender. A divulgação se deu ao contrário, não concedendo esse direito. Eu acho que a notícia não esclarece bem os fatos", destacou.
Conforme ele, a família viveu momentos muito tensos, vendo a mãe da família correndo risco de ser presa, cria um trauma muito grande, mas já foram tiradas grandes lições para adequar os procedimentos para colocar as normas sanitárias e de saúde dentro do estabelecimento.
"Nós não tememos a justiça, mas vamos seguir trabalhando com humildade, honestidade e caráter para recomeçar a partir disso", finalizou.
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