Há algum tempo, a APAE aqui de Soledade enfrenta problemas com a falta de alguns profissionais específicos nas áreas de fonoaudiologia e terapeuta ocupacional. Durante entrevista à Tua Rádio Cristal, a diretora da Escola Luz e Liberdade, Camila Brum de Azambuja, esclareceu pontos importantes sobre esse assunto.

“Infelizmente, essa não é uma problemática apenas da APAE de Soledade. Em conversa com outros profissionais que trabalham na área da saúde dentro do movimento, nós percebemos esse é um problema de todo o estado”, informou Camila.

Segundo a diretora, isso se deve à crescente demanda de alunos com autismo. “A partir desse aumento, várias clinicas de atendimentos particulares foram criadas, ofertando melhores condições de salário. Dessa forma, as entidades que possuem recursos cofinanciados, não conseguem competir e ficam sem esses profissionais”.

Camila informou, também, que das mais de 2 mil APAES do Rio Grande do Sul, quase metade delas não dispõem de uma equipe completa na área da saúde. “Outro profissional bastante difícil de contratar é o terapeuta ocupacional. Há uns quatro anos, nós tínhamos dois profissionais. Hoje, não temos nenhum”, pontuou.

Ainda conforme Camila, o problema de não ter esses profissionais não é pela falta de recursos financeiros, mas sim devido à falta de recursos humanos, ou seja, de não encontrar o profissional disponível no mercado.

“Nós reconhecemos, sim, o problema e nos solidarizamos com todos os pais desses alunos que infelizmente não terão esse atendimento especializado. Desde que a nossa fonoaudióloga saiu, estamos em uma grande movimentação para tentar contratar outro profissional”, finalizou a diretora.

Texto: Carolina Giongo/Tua Rádio Cristal

Foto: Marcos Vinícius de Souza/Tua Rádio Cristal