Desde que anunciou o fim de suas atividades em Soledade, a Associação de Proteção aos Animais de Soledade não teve grandes ajudas em sua etapa de encerramento.

Nestes dois meses desde o anúncio, pouco mudou. Naquela oportunidade, trinta animais que continuavam na sede da Apas impossibilitavam o fechamento, no entanto, a entidade ainda conta com 25 animais.

Isso aconteceu, segundo Maria Alvina Brum, diretora social da entidade, pois alguém 'jogou' embaixo de chuva uma cadela com cinco filhotes no pátio da Apas.

"Sem apoio, nos tornamos um depósito de animais e não uma ONG em prol dos animais como era nossa proposta quando criamos a Apas", afirmou Maria Alvina.

A diretora foi bem incisiva ao afirmar que caso não haja a doação dos vinte e cinco animais, eles terão que voltar para as ruas, visto que a entidade não tem condições financeiras de custear a permanência dos animais na sede.

"Muitas pessoas disseram que não podia fechar, mas mesmo assim, ninguém ajudou", afirmou Maria.

Caso os animais não sejam adotados, eles virarão "Cães Comunitários". Essa denominação segue uma lei estadual (Nº 13.193/2009) que permite que animais que não tenham donos sejam postos para adoção por 72 horas, caso isso não se confirme, os animais viram "comunitários".

Animal comunitário é aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, ainda que não possua responsável único e definido, ou seja, os animais serão colocados nas ruas, mas serão cuidados pela comunidade.

Maria Alvina enfatizou que a Apas estará todos os sábados aberta àqueles que tiverem vontade de adotar até o mês de outubro, quando a Apas encerrará suas atividades.