Cinco anos depois, o caso envolvendo o prêmio histórico de R$ 119 milhões da Mega-Sena a um empresário de Fontoura Xavier está nas mãos do Instituto-Geral de Perícias do Estado e pode ganhar uma nova reviravolta.

A Justiça determinou uma perícia oficial da aposta vencedora após receber laudo particular do grupo de funcionários da prefeitura, que reivindica a bolada e espera conseguir reabrir as investigações, arquivadas em 2011.

Conforme a advogada dos servidores municipais, Aline Pereira de Moura, a perícia contratada foi baseada nos bilhetes do bolão e em um relatório da Caixa Econômica Federal (CEF) sobre as duas máquinas da agência lotérica que recebeu as apostas.

O laudo teria comprovado, segundo ela, que o jogo vencedor foi feito pela aposta coletiva.

O resultado da perícia foi encaminhado ao Ministério Público de Soledade, que pediu à Justiça uma análise oficial do documento, que será feita pelo IGP.

Ainda não há data para a realização dessa nova avaliação.

— Depois de cinco anos, as esperanças se renovam. Comprovamos inúmeros erros e o principal é que os jogos não foram realizados em sua totalidade no dia 6 de outubro de 2010 pela manhã, mas apenas parte das apostas, o que contraria o depoimento de quem fez os jogos — diz a advogada.

Pelo menos oito participantes do bolão querem que o caso seja reaberto. O grupo entende que um dos integrantes teria entregue o bilhete premiado ao empresário.

Em 2013, outra investigação também causou reviravolta no caso. O ganhador, de São José do Herval, que inicialmente fora indiciado, virou vítima no novo processo.

A Justiça entendeu que um grupo de funcionários da Prefeitura da cidade simulou suposta fraude para ganhar o prêmio por meio de uma aposta coletiva.

Informações são do Jornal Zero Hora.