A greve dos Servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS já supera 60 dias e não tem perspectivas para encerramento. Conforme a direção do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindisprev), apenas as perícias seguem sendo realizadas, porque não houve adesão dos médicos à paralisação. Outros serviços, como pedidos de aposentadoria, auxílio-doença e pensão, não estão ocorrendo em nenhuma das unidades de atendimento.

De acordo com o servidor federal da agência da instituição em Soledade, Angélico Lauer, a greve continua no município, realizando, porém, as perícias médicas agendadas.

Lauer destacou que o governo fez uma proposta, aproximando um pouco daquela reivindicada pela classe, porém nenhuma decisão foi tomada até o presente momento.

A categoria pede por recomposição salarial de 27%, melhoria nas condições de trabalho, realização de concurso público para reduzir a carência de pessoal e jornada de trabalho de 30 horas semanais.

Em Brasília, o Comando Nacional de Greve realizou uma coletiva de imprensa para esclarecer aos jornalistas e à população sobre a falta de negociações e sobre a intransigência do governo em atender às principais reivindicações da categoria, que tem como foco a excessiva jornada de trabalho, que prejudica não só o atendimento à população, quanto o trabalho dos servidores, o assédio moral, a incorporação das gratificações ao vencimento básico e política salarial com reajuste de acordo com a inflação.

Conforme o comando nacional de greve, o movimento segue forte e aguarda que o governo retome as negociações com a categoria.

Ouça a entrevista com Angélico Lauer.