Com a greve dos telefonistas e operadores de rádio do Samu em Porto Alegre, quem sofrerá as consequências serão a maioria dos municípios gaúchos, à exceção da capital, Caxias do Sul, Bagé e Pelotas.

Esses municípios, possuem uma regulação própria do Samu feitas na própria cidade e não deverão sofrer com a greve, no entanto, todos os outros já estão enfrentando dificuldades para realizar o atendimento em suas áreas de atuação.

É o caso do Samu de Soledade que enfrenta a situação com orientação para a comunidade. Andressa Portella, coordenadora do Samu no município, destacou que a partir de agora, a comunidade terá que ajudar o Samu a realizar os atendimentos, chamando outros órgãos de segurança.

"Nosso atendimento através do 192 está muito complicado. Hoje nós temos um atendente para todo o estado e, por isso, as ligações podem demorar uma hora e trinta minutos para serem atendidas, sem falar na liberação e no deslocamento da equipe", declarou Andressa.

Ela explicou ainda do porquê é tão importante a regulação do Samu para a realização dessas atividades. Conforme Portella, o Samu Soledade não tem médicos e é realizar um atendimento médico sem médico, com a "tele-medicina", com o médico lá em Porto Alegre, orientando os enfermeiros e técnicos do Samu Soledade.

"Nós vamos realizar todos os atendimentos que chegarem até nós, seja pelo 192 ou por outros órgãos, mas deverá demorar. É mais fácil ligar para a Brigada que os policiais nos chamam. Então acidentes que por ventura acontecerem nós iremos ser acionados diretamente pela PRF e vamos lá", afirmou.

Para acionar a Brigada Militar o telefone é o 190; Bombeiros o 193; Polícia Rodoviária Federal o 191, Polícia Rodoviária Estadual o 198 e Polícia Civil o 197. A greve dos telefonistas e operadores se dá pelo atraso nos salários que chegariam a três meses.