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Creas atende diversas famílias em situação de risco social em Soledade

por Nayam Franco

Diversos tipos de atendimentos são ofertados pelo Creas em Soledade

Luciana e Camila contaram as diferenças entre Creas e Cras
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Cristal

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) vem prestando um importante serviço para famílias de Soledade que encontram-se em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados de alguma maneira.

Por exemplo, o Creas atende famílias que tiveram problemas com abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

No entanto, muitas pessoas confundem o trabalho realizado pelo Creas com o Cras, o Centro de Referência de Assistência Social. A diferença é simples: um atende em territórios específicos e visa a prevenção; já o outro trabalha na consequência.

O Cras visa a prevenção da ocorrência de situações de vulnerabilidade social e risco nos territórios, em Soledade, por exemplo, majoritariamente atendendo o bairro Botucaraí, já o Creas, visa o trabalho social com as famílias e indivíduos que já foram aferidas com algum problema.

Ou seja, enquanto o Cras previne situações de vulnerabilidade social e risco, o Creas “trata” das consequências ocasionadas pela  vulnerabilidade e risco social.

A Tua Rádio Cristal, visando debater o tema e o trabalho que é realizado em Soledade convidou Luciana Knopf do Amaral e Camila Lando Silva, respectivamente assistente social e psicóloga do Creas de Soledade para falar sobre essa diferença e as atividades que são desenvolvidas em todo o município por essa unidade.

Conforme Luciana, o Creas é composto por vários profissionais de diversas funções. Hoje a equipe possui, dois assistentes sociais, um psicólogo, um advogado, uma orientadora social e pedagoga e um auxiliar administrativo.

 "Trabalhamos com a acolhida em atendimentos individuais ou grupais, isso acontece para que a gente possa atender e fazer com que as pessoas possam superar esse momento em que a família está passando. As pessoas em situação de rua, quem atende é um setor especializado de abordagem social", afirmou Luciana.

Contudo, ela salientou que o objetivo do trabalho do Creas não é influenciar nas decisões das pessoas, mas sim oferecer alternativas para que as próprias pessoas possam decidir pelo melhor para elas.

"Em momento algum nós podemos interferir no livre arbítrio daquela pessoa para que decidamos por ela que ela saia daquela situação. Nós temos que oferecer alternativas para que ela mesma pense que o melhor naquele momento é sair daquela condição, fornecendo-lhe todo o amparo necessário", enfatizou Luciana.

De acordo com a psicóloga Camila Lando Silva, é importante diferenciar o atendimento psicológico do psicossocial. O atendimento psicossocial acontece principalmente de abordagens grupais, triagem e posteriormente essas pessoas são inseridas em grupos para que o trabalho de superação aconteça.

"Uma vez que identificados nestes momentos algum problema psicológico, aí nós atenderemos de maneira diferente. Por isso, o primeiro momento é visto para um atendimento psicossocial e, se necessário, encaminharemos para a área da saúde", contou Camila.

Para ela, é importante que as pessoas saibam que o atendimento psicológico ele visa atender, de fato, problemas psicológicos, como traumas, ansiedade, fobias, depressão, dificuldades de relacionamento, direcionados à saúde mental da pessoa.

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