Um ano após tragédia, Igreja Matriz Nossa Senhora da Medianeira de Barros Cassal é reinaugurada
Missa de dedicação da Igreja e do Altar foi celebrada lotada de fieis barros-cassalenses
Foto: Nayam Franco/Tua Rádio Cristal
Com um rito especial de dedicação do altar e da Igreja Matriz, a comunidade de Nossa Senhora da Medianeira de Barros Cassal renovou sua fé um ano após penar com uma tragédia climática em junho de 2017.
O evento de reinauguração, ou dedicação, como a cerimônia é conhecida pela igreja católica, contou com a presença da diocese de Cruz Alta através do Bispo Dom Adelar Baruffi, o provincial dos capuchinhos, frei Nilmar Gatto, do ex-provincial frei Cleonir Dalbosco e do frei Sergio Dal Moro, coordenador geral da ordem da América Latina.
Os freis Augusto, Roberson e Adani, pároco da paróquia, conduziram a cerimônia presidida pelo bispo diocesano que é cheia de ritos para que a dedicação, no caso, a inauguração, a vida da igreja voltasse com toda a espiritualidade.
Conforme o frei Adani Guerra, pároco que acompanhou todo esse processo, a igreja matriz foi destruída em junho de 2017 pelo forte temporal que atingiu Barros Cassal, sobrando apenas as paredes. De lá para cá, muito trabalho foi feito e graças à ajuda da comunidade, não só financeiramente, mas também na hora de desempenhar a construção, só assim a Igreja se renovou.
O marco da noite foi a celebração da renovação espiritual que aconteceu com toda a comunidade que se uniu neste momento de tanta dificuldade. O apoio também aconteceu com os capuchinhos, a diocese e a própria coordenação de Roma que enviou recursos para auxiliar no trabalho.
A dedicação
Quando a construção de uma igreja chega ao fim, a celebração que marca a vida dela tem o nome de “dedicação”, que pode ser traduzida como consagração, sagração ou inauguração. O termo, normalmente, mais usado é “dedicação”, toda igreja é dedicada por excelência à Santíssima Trindade, a Nosso Senhor Jesus Cristo e seus títulos; ao Espírito Santo, a Santíssima Virgem, aos Santos Anjos, aos santos inscritos no Martirológio Romano.
Na dedicação da igreja, o rito é belíssimo e muito rico de significados. Normalmente, é o bispo da diocese quem dedica a nova igreja. Ali acontece a aspersão da água benta, as unções do altar e das paredes no edifício, a incensação, a deposição das relíquias no altar, a iluminação e, é claro, o rito da Palavra e da Eucaristia.
Parte por parte, com muito significado, a água aspergida logo no início é um clamor para que todo local seja purificado, lavado por Deus tanto as paredes quanto cada fiel que participar, é um rito penitencial, por isso não há o ato penitencial como de costume.
As unções do altar e das paredes ungem aquela mesa que será usada para o sacrifício eucarístico, a unção ainda exala aquele belo e agradável odor do qual todos somos chamados a exalar, o odor de Cristo (2Cor 2,15).
O incenso, a fumaça que sobe aos céus são as nossas orações, nossos pedidos elevados ao Pai. Desde os primeiros séculos, celebrava-se nas catacumbas sobre as relíquias dos mártires, os santos que deram a vida por amor a Jesus Cristo; assim, a deposição das relíquias no altar, hoje não mais exigido que seja de um mártir, nos recorda a doação, a entrega dos santos como resposta ao amor divino.
A iluminação: Cristo é a Luz que ilumina, a Luz por excelência que nos tirou da escuridão, por Ele somos iluminados, por Ele também iluminaremos onde chegarmos, levando a luz que é Cristo. Por fim, o rito de dedicação de uma igreja diz muito da nossa fé, é uma celebração que se deve viver com muita piedade e atenção.
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