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Élia Piccoli Valendorf fala sobre batalha contra o câncer de mama e a importância do autoexame

por Nayam Franco

Moradora de Soledade falou sobre as dificuldades de enfrentar uma doença tão difícil

Olavo e Élia estiveram na Tua Rádio Cristal
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Cristal

Conviver com o diagnóstico de câncer não é nada fácil. Enfrentar a doença é muito maior do que se imagina. A dor, os anseios, os riscos, a incerteza. Contudo, o enfrentamento trás também a força da comunidade, família e amizade.

Élia Piccoli Valendorf, ex-secretária de Assistência Social, Saúde e Educação e também ex-primeira dama de Soledade, tem vivido isso há mais de um ano. Desde abril de 2017, Élia se depara com esse desafio em sua vida.

Conforme ela, em entrevista para a Tua Rádio Cristal, todo esse período em sua vida só ratificou um conhecimento que muitas mulheres, as vezes não dão tão valor: "a importância do autoexame".

"Isso tudo só me mostrou a importância de cuidar de si. Os primeiros momentos são desesperadores, pois você não sabe como vai ser e o impacto da notícia é muito ruim", declarou Élia.

Em abril de 2017, Élia descobriu, durante um autoexame o que era rotineiro, um tumor em seu seio. Preocupada, a moradora de Soledade correu para seu médico que a encaminhou para diversos exames.

"Por isso a prevenção é tão importante. Eu sempre tive o cuidado, fiz a mamografia e eu mesma, em um auto exame, percebi que estava com um nódulo", lembrou.

No entanto, depois de uma série de exames, descobriu-se, durante uma viagem de Élia, que o tumor não apresentava nenhum risco. Em novembro do mesmo ano, em outra oportunidade fora de Soledade, Élia sentia-se desconfortável com a presença daquele nódulo e contou para seu marido, Olavo, não estar contente com essa situação.

Foi aí que Élia procurou um mastologista e sua vida mudou. Lá, descobriu-se em alguns dias que o nódulo apresentava uma suspeita e por isso, deveria ser retirado, o que aconteceu no dia 15 de dezembro.

Contudo a bateria de exames, tratamentos, dificuldades e desafios começaram. Foi aí que, segundo ela, a presença de sua família, amigos e da comunidade soledadense que a apoiou nesse período tão difícil, fez a diferença.

"As mulheres não podem ter medo. Sentem a diferença, a presença de algo que não deveria estar ali e demoram três, quatro meses, por medo do diagnóstico. Nós temos que cuidar de nós mesmos. Quanto antes descobrir a luta começa com mais chances", contou.

Élia emocionou-se ao lembrar do sofrimento de muitas pessoas que, por condições financeiras, penavam com as dificuldades dobradas. "Eu vi tanta gente sofrendo tanto. Sem condições de pagar coisas que ajudam a sofrer menos como o gel que a gente tem que passar depois da radioterapia. Eu sou privilegiada de ter o tipo de recursos para me recuperar, muita gente não tinha, a gente fica muito emotivo ao lembrar de tudo", afirmou.

Ao falar da importância da entrevista, Élia espera que seu relato ajude outras mulheres e homens também, a terem esse cuidado consigo mesmo. "É difícil e ninguém quer, mas acontece. O quando antes a pessoa cuidar, antes ela sairá dessa, mais forças ela terá", finalizou.

 

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