O Hospital de Caridade Frei Clemente de Soledade vem enfrentando críticas nas redes sociais em virtude da demora no atendimento no Pronto Socorro da casa de saúde.

Um vídeo divulgado no Facebook percorreu grupos de WhatsApp mostrando muitas pessoas aguardando no Pronto Atendimento ficando mais de uma hora para serem, de fato, atendidas.

Conforme o presidente do Hospital Frei Clemente, Carlos Alberto Rocha, o hospital segue o protocolo de Manchester que elenca o nível de urgência dos atendimentos, variando de casos de risco de vida até casos de atendimentos ambulatoriais, que podem ficar até 4h esperando para serem atendidos.

“O Hospital tem o pronto atendimento para atender emergências e urgências, ele realiza mais de cem atendimentos de consultas de atenção básica que não é a sua finalidade, deveria ser dever do SUS fazer esse atendimento”, revelou Beto Rocha.

No entanto, ele explicou que todos são atendidos independente do tipo de situação, contudo alguns demoram de fato em virtude do protocolo. “Enquanto a pessoa estava do lado de fora gravando o vídeo, do lado de dentro do hospital o médico plantonista estava realizando uma manobra para salvar um idoso que estava tendo uma parada cardiorrespiratória”, informou.

Em meio a críticas, Beto afirmou que quem critica não conhece a realidade do hospital e que entende que todos querem ser atendidos o mais rápido possível, porém, há casos de emergências e urgências que são passados na frente.

“Nós temos um médico que está sobrecarregado, ele atende a todos sem distinção, mas passa 24h por dia trabalhando no plantão, atendendo o pronto atendimento e ainda atuando em outras áreas quando necessário. Estamos buscando pediatras e ginecologistas, mas estamos com dificuldade para encontrar”, comentou Rocha.

Em relação ao Pronto Atendimento, Beto foi enfático ao ressaltar que a casa de saúde está repensando a forma de atendimento e deverá convocar uma reunião com o Poder Legislativo, Executivo, Judiciário e com a Promotoria de Justiça para expor essa sobrecarga ao sistema do hospital.

“Nós queremos cumprir apenas o que é de regra para o pronto atendimento, emergências e urgências e que a Secretaria da Saúde, o SUS, possa oferecer atendimento básico, como já faz nas unidades de saúde, o hospital quer oferecer uma melhor atenção para os casos que são mais graves”, pontuou o presidente.

A ideia, segundo o presidente, é que o hospital cumpra sua finalidade. “O hospital está abraçando um serviço que não é dele”, finalizou. Ainda não há data para que essas reuniões aconteçam.