Ministério Público e Judiciário de Soledade realizam manifestação contra aprovação de projeto anticorrupção
Em manifestação à imprensa, MP e Judiciário repudiaram aprovação das quatro medidas
O Poder Judiciário e o Ministério Público de Soledade na representação dos três juízes de direito e três promotores reuniram-se no salão do júri para falar sobre a aprovação na Câmara dos Deputados de quatro das dez propostas do pacote anticorrupção.
A reunião contou com a presença da imprensa e funcionários que estiveram participando da explanada na tarde desta quinta-feira, 01/12.
Representando o Judiciário, juiz de direito Cláudio Aviotti Viegas junto com os demais juízes de Soledade, José Pedro Guimarães e Karen Luise Batista, e do Ministério Público, o promotor Bill Jerônimo Scherer, representando os demais promotores Tânia Maria Hendges Bitencourt e Vercilei Lino Serena, falaram a opinião do magistrado em relação ao projeto, repudiando a aprovação.
Promotor Bill destacou que o projeto anticorrupção foi de autoria do Ministério Público e contou com quase 3 milhões de assinaturas de todo o país, porém, a proposta original não foi mantida.
"A reprovação de seis e aprovação de quatro medidas que foram desvirtuadas pelos deputados visam 'amordaçar' o MP, o judiciário e em si, o povo", destacou Bill.
Ainda segundo o promotor de justiça, o parlamento se aproveitou de um dia trágico para a população brasileira, o maior desastre aéreo da história do futebol para votar, na calada da noite, um projeto que visa cercear o trabalho do magistrado.
Juiz de direito, Viegas destacou que medidas assim são contra a democracia e que os parlamentares, não tentaram auxiliar a população, e sim, amordaçar o Ministério Público e juízes do país.
Ele ainda classificou este ato como uma manobra de retaliação. "Um sistema de Justiça fraco, afeta a população e a deixa a mercê", declarou.
Enfatizando as medidas, Aviotti destacou que um promotor ao realizar uma denúncia poderá ser processado pelo réu, simplesmente por fazer o seu trabalho.
No encontro que também contou com a presença do defensor público, Rafael Magagnin, promotores e juízes pediram para que o povo leia e interprete da sua maneira esse pacote aprovado. Além disso, os magistrados pediram o apoio da população para defender o Estado Democrático de Direito.
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