A segurança de dispositivos móveis cada vez mais é colocada em cheque: há algum sistema mais seguro do que o outro? Muitas dúvidas surgem quando os golpes via pix ou demais sistemas de transições bancárias acabam vitimando as pessoas.

De acordo com o professor Marcos Roberto dos Santos, mestre em computação e coordenador dos cursos de tecnologia da Atitus Educação, nos últimos anos os crimes virtuais já ultrapassaram os crimes reais em nível de quantidade. “Agora, é mais fácil acontecer o roubo de senha de cartão de crédito, fraudando pix ou conta de Instagram do que bolsa na rua, porque, as pessoas migraram seus dados para os dispositivos móveis”, afirmou.

Geralmente, os cibercriminosos, sabedores dessa prática adotada pelos cidadãos, acabaram migrando seus ataques para esse meio. “Os sistemas de smartphones como Android e IOS são sistemas seguros, mas, o grande ponto fraco de toda segurança digital está no outro lado da tela, que é o usuário”, relatou o professor.

Entre as principais formas de expor vulnerabilidade está na conexão de uma rede wi-fi que não é confiável, além do fishing (do inglês pescar), onde cibercriminosos pescam a atenção de internautas por links inseguros. “Ao clicar nesses links ou acessar redes desconhecidas, um software é instalado nesse dispositivo, que monitora tudo que acontece na tela, como acessos a aplicativos bancários, entre outros”, explicou o mestre em computação.

A recomendação é deixar todas as notificações de aplicativos de transações financeiras ativados, assim como, manter os aplicativos sempre atualizados e não ficar com redes sociais abertas. “O Governo Federal lançou um aplicativo para informar de forma organizada, todas as redes que possui dentro do smartphone. Eu consigo, a partir de um outro celular, emitir comunicados de fraudes e os aplicativos bloqueiam os acessos, trazendo certa segurança ao usuário”, ressaltou Marcos.

Texto e foto: Betinho Reis/Tua Rádio Cristal