Governo do RS estuda novo retorno das aulas presenciais para primeira quinzena de setembro
Data foi ventilada em uma reunião virtual nesta terça-feira (25/08), com a Famurs e as associações de municípios
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul decidiu que a retomada gradual das aulas no ensino público e privado deve ser a partir de setembro e não mais no dia 31 de agosto. A decisão do Executivo estadual foi realizada em uma reunião virtual nesta terça-feira (25/08), com a Federação das Associações de Municípios (Famurs) e as 27 associações de municípios. A nova data será definida pelo governador Eduardo Leite (PSDB) nesta quinta-feira (27/08), junto com o gabinete de crise.
Desde 19 de março, as aulas estão suspensas no estado. No encontro, o governo estadual trabalha em um possível retorno na primeira quinzena do próximo mês. Os prefeitos gaúchos terão essa resposta no dia 1º de setembro, em uma videoconferência com o governador. O secretário de Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles afirma que a decisão final é dos prefeitos e dos pais dos responsáveis.
"O calendário também é flexível e somente poderá haver a retomada das aulas presenciais em regiões com as bandeiras laranja e amarela", completou Meirelles.
O presidente da Famurs, Maneco Hassen, acredita que o retorno deve ser retomado com segurança, de preferência se o estado apresentar uma curva descendente da doença. (Ouça a fala)
Na Serra Gaúcha, o presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), José Carlos Breda, afirma que as escolas podem voltar, pois a região apresenta estabilidade por estar na bandeira laranja por semanas seguidas. (Ouça a fala)
Estavam na reunião os secretários da Educação, Faisal Karam; da Saúde, Arita Bergmann; e de Justiça Cidadania e Direitos Humanos, Mauro Hauschild; além de representantes do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas do Estado.
Procedimentos em outros países
Na reunião, o epidemiologista Wanderson Oliveira apresentou estudo sobre os impactos da pandemia e reflexos socioeconômicos e educacionais com a reabertura das escolas em 13 países. A pesquisa foi coordenada pelo ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Fabio Jung, médico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Wanderson Oliveira destacou na apresentação que países mais desenvolvidos priorizaram a retomada das aulas presenciais a partir das crianças do ensino infantil pelo menor risco de gravidade.
"É um exercício que está se fazendo para a retomada das aulas. Cabe aos gestores decidir e eu estou apresentando evidências que podem contribuir para esta decisão", afirmou Wanderson.
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