Escola Maurício Cardoso é ocupada por alunos em Soledade
Alunos seguiram passos de mais de 150 escolas no estado que foram ocupadas
Foto: Rádio Cristal
Seguindo os passos de mais de 150 escolas no Rio Grande do Sul, alunos do Instituto Maurício Cardoso fizeram uma ocupação na noite desta quarta-feira, 25/05.
Reivindicando melhorias para as escolas de Soledade e também aderindo os protestos dos professores, pedindo reajuste salarial, fim do parcelamento e melhoria na educação, os alunos se motivaram a ocupar a escola.
A ocupação foi pensada por um grupo de jovens, que se reuniu em uma assembleia, presidida pelo Grêmio Estudantil da instituição onde decidiram pela ação.
Mais de 20 alunos estiveram presentes no ato, que foi contestado pela direção da escola. Vera Grotto, diretora da Maurício Cardoso afirmou ser contra esse movimento.
Ela ainda se manifestou afirmando que acredita que os jovens teriam sido aconselhados pelo Cpers/Sindicato a realizarem a atividade.
A diretora do Cpers, Ida Walendorf informou que nem conhece os alunos, e os apoia pela coragem de lutar pelos professores.
Mães dos ocupantes estiveram no local, acompanhando a manifestação e apoiando seus filhos, inclusive irão ajudá-los do lado de fora.
A escola foi fechada com os alunos dentro, visto que a escola tomou essa decisão após muitas conversas. A Brigada Militar e o Conselho Tutelar estiveram no local e afirmaram que não há nada que possam fazer.
Os alunos encontram-se no educandário, recebendo apoio dos familiares, professores e colegas.
Eles deverão ser apoiados por pessoas do lado de fora, já que a mãe de um dos ocupantes possui a chave lateral da escola, cedida pela direção.
Com isso, eles deverão receber colchões e cobertas e planejam ficar até a próxima segunda-feira, 30/05. Mais alunos deverão ingressar na ocupação.
A Maurício Cardoso é a primeira escola soledadense e da região a ser ocupada.
Em Passo Fundo, são mais de dez que estão tomadas pacificamente por alunos, que fazem atividades, como debates e cursos, mesmo no período de greve.
No estado, são mais de 150 escolas ocupadas por alunos pedindo melhorias na educação.
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