Definido como prioridade pelo Piratini para os próximos quatro anos, o Ensino Médio do Turno Integral será implementado em mais 67 escolas da rede estadual já no ano de 2023. Somando-se as que já tinham a modalidade com as que passarão a ter, haverá 111 escolas com aulas em dois turnos no Rio Grande do Sul.

Até o término do ano de 2022, o estado já contava com 44 escolas de Ensino Médio no estado. Dentro deste montante, estão somadas 18 escolas regulares, oito colégios Tiradentes (mantidos pela Brigada Militar), e 18 escolas técnicas.

Segundo Berenice Berticelli, que é Coordenadora Pedagógica na 25ª Coordenadoria Regional da Educação em Soledade, a implantação só ocorreu com a concordância de cada comunidade escolar, “Houve todo um processo de adesão e conversa com nossas escolas. Desde o início a Secretaria de Educação organizou algumas escolas fazendo a indicação destas que fazem parte da 25ª Coordenadoria. Esse processo de adesão exige alguns critérios estabelecidos para que as escolas pudessem aderir ao Ensino Médio Integral”, comenta Berenice.

Ainda de acordo com a coordenadora, após o diálogo com as escola, foram observados os critérios de adesão ao novo formato do ensino médio do turno integral, sendo então indicadas seis escolas, “Dentro dessas seis escolas foram observado os seguintes critérios: se as mesmas já possuíam o Ensino Médio Diurno, não ser a única escola do município, e acima de tudo ter uma infraestrutura que comporte o ensino médio integral.

Após o crivo de inspeção junto às equipes diretivas das escolas, ficou definido junto à comunidade escolar, que a escola contemplada com o novo ensino médio de turno integral fosse o Instituto Estadual de Educação Nossa Senhora Imaculada em Tapera”, explica.

Questionada sobre como o novo ensino será implementado e os desafios a serem superados, a coordenadora responde, “Esse ano de 2023 começaremos pelas turmas do primeiro ano do ensino médio, no ano que vem o segundo ano e assim consequentemente o terceiro. Quanto à carga horária, visto que atualmente temos 1000 horas por ano como base curricular, a escola Imaculada obedecerá à base de 1500 horas anuais, ficando a cargo da instituição os horários a serem definidos, como horários de entrada, intervalo e saída.

Outro desafio se refere a uma questão cultural do Rio Grande do Sul, uma vez que muitos estudantes vão à escola de manhã e trabalham ou fazem estágio à tarde como forma de complementar a renda familiar e buscar inserção precoce no mercado de trabalho. Neste caso, caberá à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e às coordenadorias regionais de Educação convencer alunos, pais e professores de que o turno integral é um bom negócio para o futuro”,  salienta Berenice.