Quem vê cara não vê coração: escola São Francisco de Assis sofre com o vandalismo em Soledade
Escola não sabe como manter lado externo conservado, com tanto vandalismo
A escola São Francisco de Assis do bairro Botucaraí em Soledade vem passando por um dilema: "Como manter o lado externo, semelhante ao interno".
Em especial pois o lado interno do educandário é bem cuidado; todos os funcionários, professores e equipe diretiva fazem de tudo para melhor cuidar o local que é a segunda casa de mais de trezentos alunos.
Já na parte externa está o problema. Sem o controle quando as portas fecham, o vandalismo, a depredação e até mesmo o furto de alguns objetos rolam à solta sem a conservação necessária e o cuidado dos moradores do bairro com a sua escola.
O problema era grande com a quebra de vidros, se estendeu ao roubo da grade que cercava a escola, passou para as goleiras da quadra (uma levada e outra quebrada) e até mesmo os bancos concretados no chão, não foram páreo para a atitude.
A solução, segundo a direção, seria a construção de um muro ao entorno do terreno, porém, como é de grande extensão e oneraria muito para o Estado, faltam recursos para fazê-lo.
Do lado interno, a realidade é outra. Uma escola bem cuidada, com salas especiais feitas para os alunos se divertirem, com um amplo espaço, de fato, invejável. Contudo, o que escapa do cuidado da Escola, o sistema estrutural, preocupa.
Infiltrações, falta de telhado, vidros quebrados e goteiras. Algumas salas, quando chove, viram locais perfeitos para aulas de natação, segundo professoras. Outras faltam parquet e algumas janelas danificadas pela força externa do vandalismo.
Mas de acordo com a diretora, Elenara Bohrer, quem prejudica o patrimônio, não estuda na escola. "Os alunos são ensinados a cuidar da escola e eles cuidam. As vezes a gente até se surpreende com crianças que não estudavam aqui e danificavam a escola, e quando começavam a estudar aqui, eles paravam e cuidavam", declarou.
Outro problema enfrentado é a falta de valorização da escola na comunidade. Muitos alunos saem de suas casas para estudar "do outro lado do asfalto" quando tem uma escola com condições invejáveis a porta de casa.
A São Francisco é uma das únicas da cidade que não sofrem com a falta de professores, longe disso. Atendendo mais de 300 alunos, a escola funciona nos três turnos e na parte da noite, conta com o ensino médio, que fez a escola crescer e muito, porém, ainda pode ter melhor aproveitamento da comunidade.
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