Centro de Estudantes Universitários de Soledade solicita aumento no repasse do Poder Executivo
Baixar ÁudioAlém de pedágio na linha Soledade-Carazinho, outros fatores influenciaram para solicitação de aumento
O Centro de Estudantes Universitários de Soledade garante à centenas de soledadenses o transporte para suas faculdades em Passo Fundo e Carazinho há décadas. Além da mensalidade cobrada por viagens, o órgão independente recebe um termo de fomento do Poder Executivo Municipal todos os anos, para viabilizar o transporte.
Todo início de ano, a diretoria eleita do Ceus realiza a apresentação de uma projeção de gastos para o ano e assim solicita o termo conforme valores necessários. Em 2020, coube a presidente Evelyn Nazário realizar essa apresentação ao prefeito de Soledade, Paulo Cattaneo, com a solicitação de um aumento no termo para este ano.
Evelyn explicou em entrevista para a Tua Rádio Cristal o porquê do acréscimo nos valores solicitados ao Poder Executivo Municipal. Os principais fatores são a inflação de 4,3% de 2019 para 2020 e o começo da cobrança da praça de pedágio em Victor Graeff na BR-386, por onde passam ônibus que fazem a linha do Ceus para Carazinho.
"Somente o pedágio já custaria mil reais por mês, 10 mil por ano. Isso já faz o valor aumentar. Hoje o valor que o associado paga não supre as necessidades do Ceus e ainda há a redução no número de alunos associados", ressaltou a presidente.
Para 2020, o valor solicitado ao município é de R$ 365.100,00, um acréscimo de 24 mil em relação ao repasse feito em 2019 que foi de R$ 341.100,00. O associado do Ceus paga atualmente R$ 12 por dia para viajar, ida e volta da faculdade.
"Em 2018 a prefeitura nos dava um ônibus e que se continuasse, o valor seria menor, mas o ônibus foi inutilizado por tempo de serviço e nós precisamos desses R$ 24 mil para fechar as contas lá no final e não pesar tanto no bolso do associado", lembrou.
Contudo, a presidente não descartou a possibilidade do aumento das passagens. "Possivelmente vai ter que aumentar", disse. Quanto à inadimplência, Evelyn ressaltou que é uma preocupação.
"Em setembro nós tivemos 3% de inadimplência, mas logo em novembro isso cresceu para 11%. É um desafio manter os valores acertados, têm muitos que se formam e não pagam, mas vamos achar uma maneira de fazer essa cobrança", finalizou.
O prefeito Paulo Cattaneo recebeu a solicitação e deverá encaminhar nos próximos dias o projeto de lei à Câmara Municipal de Vereadores para a apreciação da matéria e posterior votação.
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