FMI prevê contração de 1% da economia brasileira em 2015
Para 2016, o fundo prevê crescimento de 0,9%, menos que a estimativa de 1,5% apresentada anteriormente
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as projeções para a economia brasileira em 2015. Em documento divulgado nesta sexta-feira (10), o órgão estima que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) cairá 1% neste ano, ante projeção anterior de crescimento de 0,3%. O FMI, no entanto, elogiou o ajuste fiscal prometido pela equipe econômica.
Para 2016, o fundo prevê crescimento de 0,9%, menos que a estimativa de 1,5% apresentada anteriormente. As projeções constam da revisão do Artigo 4 de Consulta com o Brasil, documento elaborado após a visita anual dos técnicos do FMI ao país. Os números servem de subsídio às discussões do quadro de diretores do órgão.
Além de revisar para baixo as projeções para o PIB, o FMI elogiou o ajuste fiscal prometido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A equipe econômica pretende que o superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – chegue a 1,2% do PIB, em 2015, e a pelo menos 2% ao ano, a partir de 2016.
Para o FMI, caso seja bem sucedido, o ajuste fiscal ajudará o país a fortalecer as políticas macroeconômicas e recuperar a credibilidade perante os investidores privados. “A implementação determinada dessas medidas devem ajudar a restaurar a confiança e promover a recuperação do crescimento e do investimento no tempo devido”, destacou o documento.
A desaceleração da economia brasileira nos últimos anos, avalia o fundo, é resultado do esgotamento do modelo de estímulo ao consumo, promovido pelo crescimento da renda dos trabalhadores e pelo cenário internacional favorável durante boa parte da última década. A deterioração do ambiente de negócios e a queda do preço das commodities (bens primários com cotação internacional), principal tipo de produto exportado pelo Brasil, pioraram as perspectivas para o país.
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