Coagrisol passa por readequação em sua estrutura física e funcional
Baixar ÁudioAlguns fatores contribuíram para a tomada das decisões
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Cristal
Recessão econômica, estiagem prolongada e pandemia do coronavírus, foram alguns dos fatores citados pelo presidente José Luiz Leite dos Santos, como ponderantes para a readequação pela qual está passando a Coagrisol Cooperativa Agroindustrial.
O presidente da entidade cooperativista, em entrevista à Tua Rádio na manhã desta segunda-feira, 11/05, disse que em 35 anos de cooperativismo não se lembra de outra situação tão grave, de um momento tão difícil, tão delicado.
José Luiz disse que a estiagem pegou a todos despreparados, onde os associados fizeram grandes investimentos e muitos deles não colheram o suficiente para honrar com os seus compromissos. Conforme Leite, as perdas superaram a casa dos 70% nas regiões de atuação da Coagrisol, em algumas quase não houve colheita, como exemplo a região de Rio Pardo.
Nos três anos últimos anos a cooperativa recebeu, em cada safra, uma média de 6,5 milhões de sacas de soja e estava projetado para este ano de 2020 uma meta acima de 7 milhões de sacas, no entanto chegou-se a apenas 3 milhões, uma quebra de mais de 50 por cento em comparação ao que se esperava receber.
Diante desta situação a diretoria da Coagrisol entendeu ser necessário fazer readequações em diversas áreas da entidade para que seja possível manter as atividades, a ação ocorrerá nas unidades e também no corpo funcional, pois, segundo José Luiz, existe uma estrutura para receber sete milhões de sacas e acaba recebendo três milhões, desta maneira não tem como manter a mesma, disse.
"A redução no quadro funcional não significa que estamos fechando as portas para os colaboradores, ao contrário, são rescisões de portas abertas é um momento passageiro e temos que passar por isso de cabeças erguidas, não se trata de um adeus e sim um até breve", destacou o presidente da Coagrisol.
Unidades como a do supermercado matriz e da agropecuária entre outras passarão por remodelações significativas, a exemplo de outras unidades em outros municípios. Sobre a possibilidade de fechamento de unidades, José Luiz foi enfático em afirmar que isso não ocorrerá, haverá apenas algumas adequações no portfólio de serviços que estão sendo utilizados nas unidades.
Sobre a questão financeira Leite disse que a cooperativa precisará recorrer a instituições bancárias, pois não se tem recursos suficientes para atender a demanda, só em financiamentos de lavouras de associados os valores ultrapassam os R$ 150 milhões, o prejuízo é bem considerável, no entanto precisamos superar este momento de instabilidade em que nos encontramos, enfatizou.
Ouça a entrevista com José Luiz Leite dos Santos, na íntegra, no player de áudio acima.
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