O cidadão está pagando mais caro pelo litro de leite. Consumidores reclamam do aumento do preço do laticínio vendido nos supermercados de Soledade. Porém o que se percebe, é uma busca desenfreada por alimentos como se não houvesse o amanhã.

Sobre a questão do aumento em si, Darlan Palharin, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul - Sindilat destacou em entrevista para a Tua Rádio Cristal, na manhã deste sábado, 11/04, que muitos são os fatores para que isto esteja ocorrendo.

Palharin destacou primeiramente que, nesta época do ano, sempre existiu um determinado aumento no valor do leite, pois há uma menor oferta do laticínio por parte dos produtores em virtude de inúmeras situações negativas, como exemplo recente, esta seca que vem assolando todo o Rio Grande do Sul, somando-se a pandemia do coronavírus.

Com a seca o alimento para o gado leiteiro se torna mais escasso e os produtores precisam usar a silagem que estavam guardando para quando o inverno chegar e ainda comprar suplementos para completar a alimentação das vacas.

Darlan ponderou ainda a situação das indústrias neste período e o agravamento em decorrência da Covid-19, situações que afetam nos custos das mesmas, pois diminui a produção diária e com isso há o repasse nos preços para o comércio de produtos alimentícios.

Outro dado importante é que em 2019 os produtores tiveram em média, uma produção de 11 milhões de litros ao dia e que neste ano de 2020, com os problemas já listados, a produção caiu para 9 milhões de litros por dia, gerando produção menor para uma demanda ainda maior.

“Houve repasses, mas não há justificativa para os abusos, cabe ao consumidor fazer sua pesquisa de preços e comprar onde for mais barato”, finalizou Darlan Palharin.

Ouça a entrevista com Darlan Palharin, na íntegra, no player de áudio acima.