Novas tecnologias para o alimento do gado pode ser a solução da bacia leiteira em tempos de seca
Baixar ÁudioForragens podem ficar guardadas por muitos anos para ser usada quando necessário
Foto: Rodolfo tatim/Tua Rádio Cristal
A seca prolongada que atingiu o estado do Rio Grande do Sul trará impactos na produção de leite na região. A seca afetou especialmente a safra de milho e os produtores que dependem da cultura para a silagem colheram as folhagens sem o grão ou com péssima qualidade.
Para o técnico em agropecuária da Coagrisol, Júlio Groth, o ano de 2020 tem sido atípico, pois o clima foi totalmente adverso e trouxe sérias consequências para o produtor de leite, pois este tinha estoque de forrageiras para a alimentação do seu rebanho e, por ficar sem perspectivas na colheita, especialmente do milho, teve que zerar o seu estoque de silagem que seria usada posteriormente, quando necessário.
Outro dado importante citado por Groth é de que houve uma quebra de aproximadamente 30% na produção leiteira entregue pelos produtores vinculados à cooperativa, o que trará reflexos futuros. Diante destes problemas a área técnica da Coagrisol está orientando os seus associados a guardarem no mínimo uma safra de alimentos estocada, um ano de reservas para não ser pego de surpresa novamente. “Vamos produzir forrageiras de inverno como o azevém, a aveia e até mesmo o trigo, de maneira abundante, pois o nosso inverno é uma riqueza”, destacou.
A vinda das chuvas nos últimos dias trouxe um alento para a bacia leiteira os produtores em trinta dobraram a produção de leite.
“O produtor tem que estar atrás de tecnologias novas e implantar produtos diferenciados, hoje tem que ser muito eficiente em termos de propriedade, ser um administrador por excelência”, alertou Júlio Groth.
Ouça a entrevista com Júlio Groth, na íntegra, no player de áudio acima.
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