Depois de 26 dias de sol, de estiagem na região de Soledade, a chuva se fez presente e trouxe alivio aos produtores rurais que esperavam a mesma com ansiedade, pois precisavam de umidade no solo para poder começar o plantio das culturas de verão, especialmente o milho, o feijão e a soja.

As chuvas tiveram início no sábado, 24/10, com pancadas e volumes variáveis, chegando em alguns pontos a 50 mm. Já na segunda-feira, 26/10, houve uma precipitação entre 25 e 35 mm que atingiu todos os municípios da regional da Emater na região de Soledade, ou seja, 39 municípios que vão de Nicolau Vergueiro até Encruzilhada do Sul.

Para Josemar Parise, engenheiro agrônomo da Emater Regional, a chuva veio num momento crucial e importante para as lavouras de milho e feijão que já estavam no limite. “As lavouras já estavam apresentando sintomas de déficit hídrico quase que generalizado e aquelas plantadas mais no cedo, que estão entrando numa maior exigência hídrica, a chuva veio para amenizar este problema”, explicou.

Em relação a soja, conforme Parise, pouca área foi semeada, algo em torno de 2% dos 451 mil hectares da região, no entanto, com a chuva que caiu, a semeadura será retomada aproveitando a umidade do solo.

O cenário para os meses de novembro, dezembro e janeiro não são dos melhores, pois há a expectativa de que haja apenas 50 mm em novembro e nos outros 80 mm, o que, segundo Josemar Parise, não é um bom prognóstico. “Nesse momento é importante e necessário ter um bom manejo de solo e uma boa palhada de cobertura para que a umidade possa ter o mínimo de evaporação e que possa se manter no solo por um bom período, diminuindo os impactos desta estiagem”, destacou.

Ouça a entrevista com Josemar Parise, na íntegra, no player de áudio acima.