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RTC/CCGL aponta quebra próxima a 50% na safra de soja do RS

por Marlusa Oliveira

Considerando as projeções de área de cultivo estabelecidas pela CONAB, estima-se que cerca de 220 mil hectares ainda não foram semeados e que cerca de 410 mil hectares ainda não estão com a cultura estabelecida

Foto: Coagrisol Cooperativa Agroindustrial

A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), por meio da Rede Técnica Cooperativa (RTC) atualizou os números relacionados à estiagem que segue causando prejuízos sobre as lavouras no Estado do Rio Grande do Sul. O levantamento contempla dados coletados até o dia 22 de janeiro de 2022 junto a 23 cooperativas ligadas à RTC, as quais representam mais de 50% da área de soja do Estado do Rio Grande do Sul.

Em comparação ao último levantamento, os números apontam para um sério agravamento das perdas durante o mês de janeiro, uma consequência da ausência de chuvas e das ondas de calor intenso registradas no estado. Segundo o novo levantamento, as lavouras de soja já acumulam perdas médias de 48,7%, com algumas regiões registrando perdas superiores a 70%. No início do mês de janeiro, o as perdas médias apuradas pela RTC/CCGL eram de 24%.

O levantamento revelou também que cerca de 6,5% das lavouras ainda não foram estabelecidas – não há emergência de plantas – e que cerca de 3,5% ainda não foram sequer semeadas devida à falta de umidade no solo. Considerando as projeções de área de cultivo estabelecidas pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra 2021/2022 no RS, estima-se que cerca de 220 mil hectares ainda não foram semeados e que cerca de 410 mil hectares ainda não estão com a cultura estabelecida.

Segundo o gerente de pesquisa da CCGL, Geomar Corassa, “a produtividade média atual projetada na área de atuação das cooperativas em virtude da estiagem está na casa dos 31 sacos/ha. A projeção inicial era colher uma média de 60,2 sacos/ha”. Os números apontados pela RTC/CGGL revelam que a safra de soja gaúcha já pode acumular uma quebra de 10,5 milhões de toneladas. A sequência de dias com altas temperaturas e sem chuva podem conduzir a prejuízos ainda maiores.

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