Terceiro encontro para negociação do reajuste termina sem acordo entre fumicultores e empresas fumageiras
Presidente da Afubra, Benício Werner concedeu entrevista à Rádio Cristal sobre a falta de acordo das negociações
As reuniões individuais realizadas no dia 18/02 entre a Comissão Representativa dos Fumicultores e as empresas fumageiras novamente terminaram sem acordo.
Se por um lado as entidades estavam dispostas a reduzir o seu percentual de reajuste solicitado, que era de 17,7%, para 12,8%, para garantir a assinatura do protocolo.
Do outro lado, nenhuma das empresas recebidas alcançou este patamar o que inviabilizou um acordo e a assinatura do protocolo.
“Novamente as empresas mostraram-se insensíveis frente às necessidades dos produtores de tabaco. O produtor já vem recebendo bem pelo seu produto, o que é positivo, mas, sem formalizar estes valores pagos na tabela, a negociação da próxima safra já fica prejudicada”, revelam os dirigentes das entidades.
Para a Comissão, as tratativas de preço para esta safra estão encerradas. “Até podemos retomar as conversas, desde que as empresas venham com o percentual de, no mínimo, 12,8%”.
Este foi o terceiro encontro entre os representantes dos fumicultores e as fumageiras para tratar sobre o reajuste do preço do tabaco a ser praticado na Safra 2015/16.
A primeira rodada de negociações foi realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2015, em Santa Catarina e a segunda no dia 17 de dezembro de 2015.
Em nenhum dos encontros as partes chegaram a um acordo. Nos dois encontros, os representantes dos fumicultores solicitaram um reajuste de 17,7% para o preço do tabaco a ser praticado nesta safra.
Como não houve acordo, a expectativa da comissão é de que as indústrias revejam suas posições objetivando garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva do tabaco.
Ouça a entrevista com o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil, Benício Albano Werner.
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