Em Brasília, na tarde de quarta-feira (8/2), o coordenador de Agricultura da Famurs, Mário Nascimento, entregou aos ministérios da Agricultura e Pecuária, de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e de Integração e do Desenvolvimento Regional uma série de reivindicações relacionadas à situação que afeta os municípios gaúchos em decorrência da estiagem. Já é o terceiro ano consecutivo que o RS enfrenta dificuldades, tanto na produção quanto no abastecimento de água, devido à falta de chuva.

Atualmente, 268 municípios decretaram situação de emergência, com possibilidade de o número aumentar nos próximos dias. Conforme registro no S2ID de 174 municípios, até a tarde desta quinta-feira, o prejuízo é de R$ 6,9 bilhões na agricultura - com estimativa de chegar a R$ 50 bi -; R$ 1,8 bi na pecuária; e R$ 16,8 bi com o transporte de água para abastecimento humano. Também já foram registradas perdas na indústria e no comércio.

“É notório os reflexos que teremos em nossas economias locais, sendo que os impactos já são perceptíveis no comércio e irão repercutir ainda nas arrecadações municipais”, ressalta o documento entregue aos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional).

No documento, foi solicitado o encaminhamento de demandas, consideradas emergenciais, de resposta e estruturantes, tendo em vista novas estiagens. Os recursos solicitados no documento devem ser utilizados em uma série de medidas, entre elas o transporte de água; a perfuração de poços artesianos e construção de redes simplificadas de água; a aquisição de cestas básicas, cisternas e caixas d’água; a abertura de açudes ou bebedouros de água para animais; e na construção de barragens para reservação de água em área de APP.

Outras solicitações foram a disponibilidade de milho a balcão para a agricultura familiar; a liberação de recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA); a renegociação das dívidas de investimento e custeio, especialmente para aqueles que não tem cobertura do Proagro ou Seguro Rural; e a liberação de financiamento para irrigação com juros baixos.

Com informações: Fernando Kopper

Fonte: Famurs