Nesse momento, muitas dores e perdas tornaram-se evidentes. Elas podem ser de alguém conhecido ou não. De alguém que de alguma maneira se torna próximo, por percebermos algo de familiar nele, sejam sentimentos, sejam questões imperceptíveis para muitos que se tornam evidentes em nós.

Ficamos à mercê de algo impossível de deter. Sem poder fugir, para aliviar o que nos machuca, nos tornamos reféns das dores dos outros, que se tornam nossas também. É ali que lutamos pelo nosso bem estar e pelo do outro. Juntos e separados procuramos o bem estar alcançar.

Essas perdas mostram-se em imagens, em dificuldades que nos alcançam ou no eco de tristezas que chegam até nós...

Nos percebemos em um novo momento, em novos direcionamentos e em construções que precisam ser adentradas e cuidadas.

A dor do outro nos atinge quando sentimos a verdade delas chegar em nós, quando vemos pessoas indefesas sofrerem, quando a empatia e a compaixão estão presentes.

Não ficamos imunes a dor do outro, essa é a mais pura verdade. Só de ver, perceber, sentir a dor das pessoas somos tocados por ela, que nos bagunça inteiros...

Os registros de desamparo que carregamos internamente são acionados diante da impotência e desamparo alheio. Isso porque vivemos em sociedade e somos humanos.

Ser humano não é só ser homem ou mulher, é se munir de sentimentos. É se colocar no lugar do outro. É resgatar o humano que existe em nós. E isso nos faz construir empatia, compaixão...

No entanto, sabemos que a sabedoria não envolve a todos humanos. Alguns deveriam ser categorizados como desumanos. Mas, na escala de evolução, vamos seguindo, tendo como espelho os que refletem em nós e servindo de inspiração para outros que assim o desejam. O importante é que façamos a nossa parte...