O diferencial da vida
Na presente realidade a capacidade de amar é o diferencial da vida humana. Por sua própria natureza a pessoa é um ser de sentimentos, podendo manifestá-los bons ou maus. Os atos humanos comprovam essa impressionante relação e coerência. O crescente aumento da violência, criminalidade, terrorismo e intolerância é simplesmente resultado de um comportamento humano, um sentimento nada exemplar.
Numa sociedade e num mundo no qual diariamente crescem e explodem fatos de barbárie a solução não é tão simples e imediata. Os acontecimentos mencionados possuem maior complexidade. Demanda longo tempo educacional, mudança de consciência e de aprimoramento de políticas públicas preventivas de combate a questões relativas à exclusão social, pobreza, exploração humana, discriminação racial, étnica. Para tanto, um grande passo neste processo de combate cabe à mídia em apresentar outro tipo de telejornais. O modelo vigente de comunicação é um desserviço aos corretos cidadãos. Pior, acaba sendo estímulo a que atos mais violentos e bestiais ganhem prestígio e status de manchetes. Lógico que a solução do problema não advém exclusivamente dos grandes grupos midiáticos. Contudo, ajudariam se divulgassem projetos e medidas de combate a tais distúrbios sociais de amplitude mundiais.
Assim, considerando-se um cenário mundial de insegurança social, para a sua superação será preciso promover um conjunto de medidas que abranjam envolvimento pessoal, comunitário e global. Seria um desafio superar o homem como um animal selvagem. É do dramaturgo romano Tito Mácio Plauto, do latim Titus Maccius Plautus (230 a.C. - 180 a.C.), a frase que poderia funcionar como alerta: Homo homini lúpus, que traduzida do latim significa "o homem é o lobo do homem". Porém, a frase ficou célebre com o filósofo inglês Thomas Hobbes (1651) incluída em sua obra Leviatã. Em suas peças teatrais Plautus demonstrava ser o homem capaz de grandes atrocidades e barbaridades contra sua própria espécie. No entanto, Hobbes faz uso da frase de Plautus para argumentar que a paz civil só pode ser alcançada por um contrato social centralizado em autoridade absoluta, criando uma comunidade civilizada.
Ao se apresentar tal realidade, por demais complexa, nos primórdios do século XXI, vê-se que o homem é um grande potencial tanto para o bem como para o mal. Com essa máxima desconcertante, o ser humano em defesa dos interesses puramente pessoais procura usar meios que destroem a paz da humanidade. Nisto, valores comuns e coletivos, fundamentais para a pacificação da sociedade e do mundo, são destruídos e renegados por atos bárbaros. Para superar o “homem, o lobo do homem” é preciso um conjunto de medidas mundiais que considerem investimentos na educação dos cidadãos. Diante da assombrosa realidade, sem empenho dos estados, das nações e de órgãos competentes e internacionais, só resta como solução despertar nas pessoas a capacidade de amar ao próximo como a si mesmo.
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