Entre recordações
A criança que a mulher adulta “guarda” dentro de si, acorda agora, e sai dos escombros.
As recordações se fazem presentes, entre as lacunas do tempo que se erguem, e entre a menina e a mulher, ela segue a resgatar lembranças, as leves e as mais difíceis. Era o momento delas emergirem.
Quando a criança dentro dela começava a aparecer, ela precisava ser defendida e protegida ...
Como ela foi protegida outrora? E quem a defendeu no passado? Repassou cenas marcantes da sua vida, da sua história... enxergou além e amarrou aquela criança do seu passado no seu presente.
Olhou para si agora e começou a compreender em que palavras se perdeu, ficou presa e sem direção? Tudo começava a ficar claro e a fazer sentido agora.
Descobriu na sua vida a fatia crítica dentro de si... De onde ela vem? Como se mostra? Carimbava em si como verdade, algo que precisava reconstruir e descobrir até onde essa verdade era sua?
Ela amava os flashs de luz de sua memória, da vida que conseguia enxergar e que a faziam despertar do sono profundo em que se encontrava.
Quando a criança apareceu sorriu para a adulta que existia nela. O olhar doce e ingênuo que buscava de outrora, acordava-a agora e levava-a para quem ela era hoje e questionou-a: - Ei, você! Por que se perdeu de mim? Esse sussurro se mostrava como o minuto da reparação...
Te liberte para a vida que ainda flui em ti...
Comentários