A vida cantava a melodia do tempo
O tempo junto a vida se arrastava e procurava respostas... respostas que ficaram em abertas, que precisavam acomodar angústias, construir novos caminhos, reverberar lições...
Lições que ficaram pendentes, que não aprendi direito, que precisei passar a limpo, compreender novamente para poder seguir adiante.
Antes de se juntar ao infinito, o medo de tudo que não tinha ficado claro, vinha acompanhar, e em sobressalto seguia seu andar.
Caminho sem volta que é preciso trilhar, encontro as claras que necessitava se solidificar. Vida com gosto de eterno que se constrói na serenidade, encontro com as facetas da morte que aparecem em situações inusitadas. Tudo isso num percurso sem retorno.
A vida precisa arriscar a conhecer-se antes de o fim alcançar, antes da falta de sentido se fazer presente ou antes da morte a encontrar.
O tempo corria enquanto a vida cantava suaves melodias. O tempo passava rápido e eu ali... O mundo me esquecia – e eu sem ti. Me sentia desamparada -era eu sem mim... Seguia o tempo, a vida - a procura de respostas. As minhas, as suas respostas...
Traiu o tempo que se findou. Buscou a vida que perdeu. Procurou a si mesmo num perder e alcançar-se até o plano maior finalmente encontrar. Era o tempo junto à vida que tocava, era a morte em outro tempo que entendia... Se construía um novo tempo, e um diferente jeito de andar...
Era a melodia do tempo sendo cantada... a vida andava... e naquele momento, eu parada observando a música do mesmo lugar...
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