Esperado para o segundo semestre de 2023, o batalhão da Brigada Militar em Lagoa Vermelha não vai sair. A afirmação é do Comandante-Geral da Brigada Militar CEL QOEM Cláudio dos Santos Feoli.

Conforme o Comandante, a possibilidade está descartada por questões técnicas.

"Está descartada porque a partir do momento de reestruturação, nós fizemos uma série de estudos, e ao final dos estudos, que se cogitou a possibilidade de criação de batalhões em alguns lugares, nós concluímos que não há espaço, do ponto de vista técnico, para a criação de novos batalhões. Nós estamos criando estruturas de companhias, o que Lagoa Vermelha já está classificada assim. Então essa redistribuição no terreno tem muito a ver com a questão administrativa da instituição e do meio militar do que efetivamente de mudanças de serviços à população. Objetivamente: não teremos a criação de batalhões diante dessa reestruturação", explica. 

Recentemente, o governo do Estado definiu a reestruturação das áreas de responsabilidade dos Comandos Regionais, criando, na Serra, dois CRPOs. A expectativa inicial era de que o batalhão lagoense, subordinado ao comando de Vacaria, atendesse diversos municípios, como Nova Prata, Nova Bassano e São Jorge; e que houvesse investimentos em infraestrutura e pessoal. Segundo Feoli, será instalado o Comando Nordeste, com sede em Vacaria, dentro das próprias instalações do 10º BPM, sendo assim, Lagoa Vermelha continuará sendo uma Companhia.

"O comando que será instalado é o Comando Nordeste, com sede em Vacaria, dentro das próprias instalações do 10º BPM. No caso de Lagoa Vermelha, sim nos chama a atenção algumas anomalias existentes diante de homicídios que ocorreram recentemente, e isso enseja, como eu já citei, o apoio do Batalhão de Choque de Caxias do Sul. Nós tivemos recentemente, inclusive, a presença de policiais do BOPE em Lagoa Vermelha, para que nós tivéssemos esse enfrentamento mais robusto na cidade. E aí, veja como efetivamente a nomenclatura da unidade operacional existente na cidade não faz diferença para a população. O que faz diferença é essa gestão por resultados e a possibilidade sim de incremento de efetivo, o que nós pretendemos, numa interlocução com o próprio governo, ter alguma recomposição efetiva nos próximos anos", finaliza.

O Comando Geral da Brigada Militar acredita que a mudança legislativa de readequação de cargos dentro da instituição, operacionalizando efetivamente a mudança de regionais, traga resultados mais robustos na segurança pública, no segundo semestre de 2024.