Militares da reserva criticam desvalorização na reestruturação de carreiras
Baixar ÁudioDe acordo com Santellano, o governo atual não está atendendo aos anseios dos servidores
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Na última sessão da Assembleia Legislativa, realizada na terça-feira, 30/07, foi aprovado o projeto de reestruturação de carreiras do funcionalismo público estadual. A medida, que inclui um aumento de 12,49% parcelado em três vezes a partir de 2025, não foi bem recebida por todos os setores. A Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM) expressou forte descontentamento em uma nota oficial, criticando a decisão do governo estadual.
Em entrevista, o presidente estadual da ASSTBM, Aparício Santellano, reforçou as críticas. Ele afirmou que 75% dos servidores da área de segurança "não receberão um centavo de aumento", salientando que há quase nove anos não existe qualquer reajuste salarial para esses profissionais. Santellano explicou que o governo está fazendo com que os servidores paguem por seus próprios direitos adquiridos, o que resulta em uma maior absorção pela parcela de irredutibilidade.
Santellano destacou ainda que o governo tem colocado servidores contra servidores, ao incluir militares da reserva em um projeto que beneficia principalmente os ativos com salários mais altos. De acordo com ele, o governo atual não está atendendo aos anseios dos servidores, especialmente aqueles que já dedicaram mais de 30 anos de serviço à segurança pública e que agora se sentem abandonados e desvalorizados.
A aprovação do projeto de reestruturação de carreiras do funcionalismo estadual, embora tenha sido comemorada por alguns setores, deixou clara a insatisfação dos militares da reserva. Para eles, o futuro é incerto e as expectativas de reconhecimento e valorização por parte do governo são mínimas.
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