A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou recentemente novas orientações para o diagnóstico da hipertensão arterial, uma condição crônica que afeta cerca de 3 em cada 10 adultos no Brasil. As diretrizes ressaltam a importância da aferição da pressão arterial como parte fundamental da prevenção e do manejo da doença.

Para discutir esse tema, o professor Gustavo Cavalcanti, do curso de Enfermagem da instituição de ensino superior Atitus em Passo Fundo, foi ouvido pela Tua Rádio Cacique. Ele destacou a natureza silenciosa da hipertensão, enfatizando que muitas pessoas podem não apresentar sintomas evidentes no início da doença.

Cavalcanti explicou que a hipertensão arterial é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo hábitos alimentares, estresse e outros aspectos do estilo de vida. O consumo excessivo de sal, por exemplo, pode levar à retenção de água no corpo, aumentando assim a pressão arterial ao longo do tempo. Da mesma forma, o estresse crônico pode desencadear alterações hormonais que contribuem para o aumento da pressão nas artérias.

O professor também destacou a importância de buscar orientação profissional para aferir a pressão arterial corretamente. Ele enfatizou que as unidades básicas de saúde desempenham um papel fundamental, oferecendo suporte e instruções precisas aos pacientes.

Orientações para a medição da pressão:

• Não praticar exercícios físicos nas últimas uma hora e meia.
• Não tomar café nos últimos 30 minutos.
• Estar com a bexiga vazia.
• Ficar sempre com as costas apoiadas, pernas descruzadas e os pés encostados no chão.
• É importante estar em um ambiente calmo, para não dar alteração na pressão.
• O braço tem que ficar sempre na altura do coração e a palma da mão virada para cima.
• A altura do manguito, que é o aparelho de medição, deve ficar mais ou menos dois a três centímetros acima da dobra do braço.
• Não fazer movimentos bruscos na hora da medição.

Uma pessoa é considerada hipertensa quando tem pressão na frequência 140 por 90 ou mais.