A médica dermatologista Juliana Mazzoleni Stramari, integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo, destacou, em entrevista à Tua Rádio Cacique, a importância da conscientização sobre o câncer de pele, o tipo mais comum de câncer no Brasil e no mundo.

Segundo a médica, existem dois principais grupos de câncer de pele: o não melanoma, que inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular, e o melanoma, que, embora menos comum, é mais agressivo e pode causar metástase. "O não melanoma costuma se manifestar como uma lesão que não cicatriza, enquanto o melanoma pode ser identificado pela regra do ABCDE: assimetria, bordas irregulares, coloração variada, diâmetro superior a 6 mm e evolução na aparência da lesão", explicou.

A médica ressaltou que o câncer de pele afeta principalmente pessoas acima dos 40 anos, devido à exposição solar acumulada ao longo da vida. Entretanto, pode surgir em qualquer idade, inclusive em crianças. Além do sol, fatores de risco incluem pele clara, histórico familiar, muitas pintas no corpo, e condições como imunossupressão e feridas crônicas. Profissões que demandam longa exposição ao sol, como agricultura e construção civil, também são mais vulneráveis.

Quanto ao tratamento, a maioria dos casos pode ser resolvida com cirurgia, especialmente se diagnosticados precocemente. Para prevenir, a recomendação principal é o uso diário de protetor solar com fator mínimo de 30, reaplicado a cada duas horas ou após contato com água. “Também é importante usar roupas com proteção UV, chapéus e óculos de sol, além de evitar queimaduras solares, que aumentam o risco de câncer de pele”, destacou Juliana.