Após o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) dar ao Hospital São Paulo de Lagoa Vermelha (HSP) o prazo de 30 dias para o pagamento dos honorários do plantão de sobreaviso aos médicos que atuam na instituição, o diretor superintendente da Fundação Araucária, que mantém o HSP, Ademir Perinetto, informou que a instituição busca recursos para pagar as dívidas do hospital, que chegam a R$ 400 mil. O sindicato ameaçou realizar paralisação, caso os cinco meses em atraso não sejam pagos aos médicos.

Conforme Perinetto, o cenário político atual prejudicou a previsão de receitas do HSP, gerando os atrasos nos pagamentos. “Existe uma grande dificuldade de todos os hospitais, um momento difícil. Vivemos uma situação política bem complicada e para nossa surpresa, durante essa semana, se não me engano na segunda ou terça-feira, houve uma negação do orçamento do governo federal, onde nós tínhamos uma previsão boa de receber alguns recursos para que fosse feito alguns aportes, mas infelizmente, no momento da transição política e dos governos, nós não tivemos essa graça. Mas nós estamos totalmente à disposição, abertos para sentar com a entidade, com os profissionais, para que a gente consiga achar uma solução para resolver o problema”, informa.  

O HSP tem recebido em dia os repassas dos municípios da região e do SUS. No entanto, o superintendente informa que depois da pandemia, a tabela paga pelo Ministério da Saúde ficou defasada e precisa ser atualizada, diante do aumento no preço dos insumos hospitalares. Questionado sobre as “ inconformidades gerais”, alegadas pelo Simers, Perinetto disse os contratos do HSP são legais. Ouça a entrevista.