Alerta: doenças cardíacas estão associadas ao colesterol elevado
Coordenadora da Emergência do HSVP recomenda mudança de hábitos e exames de rotina como medidas para prevenir o AVC e o infarto
Foto: Divulgação/HSVP
As doenças cardiovasculares estão entre os principais problemas de saúde das pessoas que buscam atendimento na Emergência do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, só no ano passado foram 1.693 ocorrências. E, por ser uma das grandes causas de mortes no mundo, a coordenadora do setor, Dra. Fernanda Moretti, orienta a população sobre a importância de cuidar dos níveis de colesterol.
O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrado naturalmente em nosso organismo. Ele é fundamental para o funcionamento do nosso sistema, sendo o componente estrutural das membranas celulares de todo o corpo. Ele está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. No entanto, existem dois tipos de colesterol: o HDL, chamado de “colesterol bom”, e o LDL, chamado de “colesterol ruim”.
Conforme a médica, o LDL é considerado ruim pela relação dele com o alto índice de doenças cardíacas. “Este tipo de colesterol, quando em excesso, fica depositado nas paredes das artérias prejudicando o fluxo sanguíneo. Se este processo, denominado arteriosclerose, ocorre nas artérias coronárias pode provocar dores no peito e até um infarto agudo do miocárdio (IAM). Mas quando este depósito acontece nas artérias cerebrais é alto o risco de um acidente vascular cerebral (AVC)”, alertou a Dra. Fernanda.
MUDANÇA DE HÁBITOS E EXAMES DE ROTINA
Na maioria das vezes, alterações do colesterol e triglicerídeos não apresentam sintomas e, por isso, a recomendação médica é pela realização de um check-up. Exames laboratoriais específicos, disponíveis no Centro de Diagnósticos do HSVP, vão mostrar se existem excessos nas taxas de gordura no sangue. Mas, ainda que o diagnóstico aponte um resultado de colesterol elevado, não há motivos para pânico.
De acordo com a coordenadora da Emergência, diversos fatores devem ser levados em consideração para avaliar o risco de doenças cardíacas, entre eles, o hábito de fumar, a hipertensão arterial, o histórico familiar, a dieta não saudável e também a idade avançada. “É importante reforçarmos que cada caso precisa ser avaliado por um profissional médico que vai definir o risco geral de doenças cardiovasculares e a necessidade de tratamento medicamentoso para o colesterol elevado”, explicou a especialista.
Pequenas mudanças no dia a dia também podem ajudar a melhorar o controle dos níveis de gordura no sangue. É fundamental manter um equilíbrio no organismo, ingerir com moderação alimentos ricos em gordura, optar por produtos não industrializados, aumentar o consumo de frutas e verduras, parar de fumar, controlar a hipertensão, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e praticar exercícios regulares.
A Dra. Fernanda Moretti destaca que à medida que o nível de colesterol ruim LDL diminui reduz com ele o risco da pessoa desenvolver doenças cardiovasculares. Desta forma, consequentemente, ocorre também uma queda nas chances da pessoa sofrer um infarto ou AVC. “Precisamos que as pessoas cuidem da saúde, através de mudanças nos hábitos de vida e estejam sempre atentas quanto a necessidade de realizar exames de rotina”, enfatizou a médica.
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