Saúde desenvolve atividade na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência
Confira algumas das consequências da gravidez na adolescência, para a mãe e o bebê
Informação e acesso a métodos contraceptivos são dois recursos essenciais para combater a gravidez na adolescência (10 a 19 anos), situação vista como um problema de saúde pública, uma vez que implica em riscos à vida da mãe e do bebê, além dos impactos sociais que representa.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), um em cada sete bebês nascidos no Brasil são filhos de mães adolescentes.
Reduzir os índices de gravidez entre adolescentes é uma das metas em saúde pública preconizadas pela OMS. Em 2019, a Lei Federal nº 13.798 instituiu no Brasil, sempre em fevereiro, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que passou a integrar o Estatuto da Criança e do Adolescente. O objetivo é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez nesta fase.
Em Lagoa Vermelha, a Secretaria Municipal de Saúde, através do ESF Oliveira, realizou uma atividade voltada ao assunto na Unidade. Contou com a participação de equipe multidisciplinar, médica, psicológica e acadêmicos do curso de Enfermagem da instituição de ensino Unopar.
Veja a seguir algumas das consequências da gravidez na adolescência, para a mãe e o bebê.
Riscos obstétricos:
– pré-eclâmpsia;
– desproporção pélvica-fetal;
– gravidez gemelar;
– complicações durante o parto;
– cirurgia cesariana de urgência;
– infecções durante e pós-parto.
Riscos da gravidez para a adolescente:
– depressão e psicose puerperal;
– abandono do recém-nascido (RN) em instituições;
– rejeição do RN do convívio familiar;
– ausência de amamentação;
– abandono/omissão de paternidade;
– acompanhamento pediátrico falho;
– esquema de vacinação incompleto;
– abandono escolar, bullying;
– baixa qualificação profissional da mãe.
Riscos para o recém-nascido (RN):
– Prematuridade;
– Pequeno para idade gestacional;
– Baixo peso (retardo intrauterino);
– Dismorfias, síndromes congênitas (Síndrome de Down, defeitos neurais);
– Infecções congênitas (sífilis, herpes, toxoplasmose, hepatites B/C, Zika, HIV/aids);
– Necessidade de UTI neonatal;
– Traumatismos e repercussões do parto (hipóxia, paralisia cerebral);
– Dificuldades de amamentação;
– Risco de negligência, ambiente insalubre.
Entre as principais ações adotadas em Lagoa Vermelha, estão a disponibilização de contraceptivos tradicionais (orais) nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além da implantação de dispositivo intrauterino (DIU) de cobre. Vale ressaltar que os implantes e DIU são dispositivos internos com ação de longo prazo, que não dependem de fatores como disciplina para serem efetivos.
As iniciativas abrangem também o treinamento do quadro de profissionais de saúde, do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), e ações de educação sexual e reprodutiva no Programa Saúde na Escola (PSE).
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